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Como foram os últimos momentos de Matheusa, assassinada pelo tráfico do Morro do Dezoito

Estudante, desorientada após festa, foi morta em abril do ano passado

Por Mario Hugo Monken em 08/01/2019 às 12:22:41

Foto: Arquivo pessoal

Assassinada por traficantes do Morro do Dezoito, em Água Santa, na Zona Norte do Rio, no dia 29 de abril do ano passado, a estudante Matheus Passarelli Simões Vieira, conhecida como ´Matheusa´ ou Theusinha, estava em uma festa de aniversário no mesmo bairro quando começou a se sentir mal. Acabou ficando pouco tempo no local, por cerca de 30 minutos, e disse que queria ir embora.

Um amigo de Matheusa, conhecido como Gatinha, disse que ela começou a falar coisas desconexas, com falas confusas. Afirmou que levou a estudante ao portão para que pegasse um Uber. Relatou que Matheusa, antes de chegar ao portão, começou a bater palmas e andar de um lado para o outro e, de repente, parou deu-lhe um abraço e se despediu dizendo ´obrigado gatinha´, tendo deixado as bolsas no chão e saído correndo em direção à rua.  Acrescentou que chamou uma amiga e foi procurar Matheusa, tendo encontrado as roupas dela pelo caminho.

Desorientada, a estudante ficou completamente despida e entrou no Morro do Dezoito, momento em que foi abordada por traficantes que a levaram para o interior da comunidade a fim de ser interrogada perante o chamado ´Tribunal do Tráfico´.

Segundo relatos feitos através do Disque-Denúncia, a vítima foi levada e interrogada na presença dos traficantes ´P da Boa´ e ´GG´, tendo o ´Tribunal´ decidido, a mando do chefe, conhecido como ´Feio executar a vítima, que foi morta por um disparo de arma de fogo, sendo seu corpo esquartejado e incinerado e, após, ocultados seus restos mortais, que ainda não foram encontrados. Matheusa foi atingida por tiros ao tentar afastar o cano de um fuzil.

O Ministério Público Estadual ofereceu denúncia contra Messias Gomes Teixeira, o Feio, já preso, e Genílson Madson Dias Pereira, o GG, que tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça.  Entretanto ainda não acusou o bandido conhecido como  P da Boa, apontado com o autor do disparo contra a estudante.

GG fora absolvido este ano de um processo que respondia por tráfico de drogas. Ele se encontra na condição de Evadido do Sistema Penitenciário desde 9 de setembro de 2017, quando saiu em evasão do Instituto Penal Ismael Pereira Sirieiro, após receber o benefício de progressão de regime para o sistema semiaberto, concedido pela Justiça.

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