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Cardiologista alerta que hábitos saudáveis ajudam a prevenir infarto em jovens

Cantor Renatinho Bokaloka teve infarto fulminante durante show na Zona Oeste do Rio

Por Portal Eu, Rio! em 11/01/2023 às 12:00:00

Renatinho Bokaloka, de 48 anos, teve infarto fulminante. Foto: Divulgação

Na última quinta-feira (05), durante um show na Zona Oeste do Rio, o cantor Renato Cesar Alves de Oliveira, o Renatinho Bokaloka, de apenas 48 anos, teve um infarto fulminante quando passou mal. Segundo entrevista concedida por seu empresário, ele estaria com uma artéria entupida. Apesar de ter sido levado ao hospital, o artista não resistiu e faleceu.

De acordo com o Ministério da Saúde, o infarto do miocárdio, popularmente conhecido como ataque cardíaco, acontece quando há a morte das células de uma região do músculo do coração. Esse episódio surge de repente e, se o paciente não receber atendimento de urgência, pode vir a óbito.

Os sintomas, que podem aparecer dias antes de a pessoa ter o ataque, de fato, costumam ser: dores no peito que podem irradiar para o braço, falta de ar ou suor frio.

Para Cláudio Catharina, gestor da Unidade Coronariana do Hospital Icaraí, em Niterói, o infarto do miocárdio é cada vez mais frequente em pessoas mais jovens devido principalmente ao acúmulo de hábitos de vida e dieta propícios ao aumento do risco cardiovascular: sedentarismo, obesidade, dieta de alto valor calórico, cigarro e surgimento do diabetes.

“O infarto, nos pacientes mais jovens, muitas vezes é fatal. O entupimento das artérias do coração, nos mais velhos, é mais lento e progressivo. O coração vai se acostumando a um estado de isquemia repetida e crônica e se prepara para um infarto de algumas formas. No jovem, isso não tem o tempo de acontecer e a isquemia aguda do infarto muitas vezes é fatal, como no caso em questão”, explica o cardiologista.

O médico lembra que a vítima já fazia uso de Stent, que é um recurso pontual no tratamento da doença quando está presente uma obstrução grave de uma artéria coronária e há uma área de músculo cardíaco considerável sob risco de infarto, levando à angina (dores no peito) e isquemia cardíaca, esta última determinada por exames diagnósticos.

“Mas o Stent não é a solução completa. É preciso uma mudança de estilo de vida, exercícios e medicamentos específicos pelo resto da vida para controle da doença”, conclui.

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