Artistas, gestores e 350 jovens pensando em soluções para o meio ambiente. Depois dos programas Aprendiz Cultural e Zonas de Cultura, a Secretaria Municipal de Cultura implementou, a partir de ontem, quarta-feira (11), o programa AMA Rio, dando continuidade às políticas públicas de cultura e cidade. Em cerimônia no Museu do Amanhã, na Praça Mauá, o secretário municipal de Cultura, Marcus Faustini, destacou que o objetivo é reunir jovens, artistas e gestores culturais para criarem ações de arte e meio ambiente que impactem seus bairros.
– A gente percebeu que a cultura precisava entrar no debate ambiental, a fim de criar alianças, gerar lideranças e oportunidade de renda. Vai ser uma espécie de gincana de verão. Estamos tentando fazer com que os equipamentos culturais não sejam somente dos artistas, mas um lugar de oportunidade para todos – disse Faustini.
Por meio de um processo seletivo, foram selecionados 350 jovens residentes e/ou estudantes dos entornos de sete equipamentos culturais da Secretaria Municipal de Cultura, sendo 50 vagas para cada: Espaço Sérgio Porto (Humaitá); Museu Histórico da Cidade (Gávea); Biblioteca Euclides Da Cunha (Ilha do Governador); Lona Cultural Terra (Guadalupe); Muhcab (Gamboa); Lona Cultural Gilberto Gil (Realengo) e Arena Carioca Fernando Torres (Madureira).
Segundo Faustini, a presença da cultura na defesa do meio ambiente retoma um debate importante e necessário, além de reunir lideranças criativas para pensar saídas concretas em torno da questão climática.
– O planeta está pedindo ajuda, a pobreza aumentando, uma crise climática gerando eventos aleatórios no mundo, um cenário difícil. Ao mesmo tempo, nunca houve tanta iniciativa no mundo. Por isso, estamos aqui para iniciar este curso de férias no qual vocês irão criar soluções para a questão ambiental no bairro de vocês. E o papel do poder público é territorializar a política. Sem cota, não se alcança uma paisagem humana diversa.
O programa será executado pela organização da sociedade civil People’s Palace Projects (PPP), da Queen Mary University of London e terá ajuda de custo mensal para os 350 jovens, que terão seis semanas para criarem uma intervenção urbana no entorno do espaço cultural da sua região.
O AMA Rio envolve compartilhamento de vivências e experiências de gerações, agentes transformadores, oficinas e aulas. Jovens, artistas, pesquisadores e educadores ambientais são reunidos para o desenvolvimento de um projeto de intervenção física a ser implementado em cada equipamento cultural e/ou no seu entorno, unindo arte, cultura, meio ambiente, sustentabilidade e cidade.