Operação Ulysses rastreia pistas de envolvimento de investigados em bloqueios de rodovias e depredações

Na data de hoje (16/01), a Polícia Federal deflagrou a operação ULYSSES, visando cumprir cinco mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão temporária de investigados nos atos antidemocráticos pós 2º turno das eleições presidenciais, bem como dos atos ocorridos no dia 08/01/2023. Balanço preliminar divulgado pela PF, no final da manhã, revelou a prisão de um dos investigados, o candidato derrotado pelo PL (partido de Jair Bolsonaro) Júnior Bombeiro, de 52 anos. Posteriormente, na noite de segunda, uma mulher de 48 anos, também alvo da operação, se entregou à Delegacia da Polícia Federal em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro. Outro investigados não foi localizado. A PF informou ainda, sem detalhes, a apreensão de celulares, computadores e documentos diversos.

A investigação iniciou com o fim de identificar lideranças locais que bloquearam as rodovias que transpassam o município de Campos dos Goytacazes/RJ, a organização das manifestações vistas em frente aos quartéis do Exército nesta cidade e, por último, a participação dos investigados e de outras lideranças na organização e financiamento dos atos que desencadearam a depredação dos prédios públicos e dos atentados contra as instituições democráticas ocorridas em 08/01/2023.

Durante a investigação, foi possível colher elementos de prova capazes de vincular os investigados na organização e liderança dos eventos. Além disso, com o cumprimento hoje dos mandados judiciais, expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, será possível identificar eventuais outros partícipes/coautores na empreitada criminosa.

Os crimes investigados são os constantes no art. 288 (Associação Criminosa), 359-L (Abolição Violenta do Estado Democrático de Direito) e 286, parágrafo único (Incitação das Forças Armadas contra os poderes institucionais), todos do Código Penal.

Ouça no podcast do Eu, Rio! a reportagem da Rádio Nacional sobre a Operação Ulysses, da Polícia Federal, contra supostos envolvidos na organização e financiamento de caravanas para os atos antidemocráticos que culminaram na invasão de depredação das sedes dos três poderes, no dia 8 de janeiro.