A maior festa do mundo está chegando e, com ela, o inevitável samba no pé. Uma prévia do Carnaval acontece hoje, quinta-feira (19), Dia da Passista, uma data para se começar a pensar nos cuidados ao sambar de salto alto. As mulheres que desfilam e passam muitas horas em pé sambando devem se prevenir para não sofrer quedas, comuns até entre rainhas de bateria. O ortopedista e cirurgião André Perin alerta sobre os perigos do uso desse tipo de calçado por um longo período.
"O salto alto pode gerar diversos prejuízos, pois o pé fica inclinado e ao sambar os riscos são maiores, já que o esforço e impacto na ponta do pé aumentam", explica.
O Carnaval dura quatro dias, mas os ensaios e treinamentos são o ano todo. O especialista lembra que, além de calosidade, dor e desconforto na região da lombar, uma das consequências do uso inadequado de saltos é a torção do tornozelo, como o da modelo e ex-dançarina do Faustão Erika Schneider, no carnaval de 2022, ao desfilar pela Águia de Ouro, escola de samba paulista.
"Um salto maior tem maiores chances de lesão. É importante estar habituada ou usar saltos menores e com bases maiores, para que o calcanhar tenha um apoio. Quando o sapato é muito novo, ainda não é bem ajustado ao pé. Alinhar o calçado aos poucos pode evitar calos e feridas”, orienta o ortopedista, acrescentando que também se deve evitar saltos muito altos por muito tempo, pois pode causar inflamação de músculos e tendinites.