Guerra na Praça Seca está longe de um fim

A guerra entre milicianos e traficantes pelo controle de comunidades da Praça Seca, na Zona Oeste do Rio,  está longe de um fim. A suposta união entre três milícias deu resultado e os grupos paramilitares estão de volta ao comando da Favela da Chacrinha. Os milicianos haviam sido expulsos do morro no final de semana passado por traficantes ligados à facção criminosa Comando Vermeho (CV).

A partir daí, se iniciou vários confrontos na comunidade, inclusive com a participação da Polícia Militar. Três adolescentes morreram em um dos tiroteios sendo que um deles, de 15 anos, a família diz que é inocente e a Polícia Civil está investigando o caso.

A milícia, então, formou uma aliança entre a Liga da Justiça, comandada por Wellington da Silva Braga, o Ecko, a quadrilha do Campinho e do Fubá, na Zona Norte, e integrantes da milícia do Horácio, que dominava a Chacrinha.

Os grupos paramilitares se basearam no Morro do Jordão, na Taquara, em Jacarepaguá, expulsando o CV do local e neste fim de semana, conseguiram voltar para a Chacrinha.

Não satisfeita, a milícia já atacou a vizinha comunidade do Bateau Mouche, que já foi seu reduto meses antes.

O CV, no entanto, não desistiu da Chacrinha e prepara reforços para retomar a favela vindos principalmente do Morro da Formiga, na Tijuca, na Zona Norte. A facção está concentrada na mata próxima da Chacrinha.

Postagem feita na noite de ontem na página do Jacarepaguá Notícias relata como está a guerra

Muitos traficantes estão na entrada do Ipase, muitos bandidos reunidos na frente do bloco F. Estão dando tiros em direção a Chacrinha. Cada hora aparecem mais traficantes provavelmente vão atravessar para tentaram retomar a Chacrinha.

Segundo as pessoas que estavam passando pela rua Cândido Benício, os milicianos saíram de carro da Chacrinha, pararam perto dos mototaxistas e mandaram tiros para cima dos bandidos que estavam no final da rua principal do Bateau Mouche, lá no campo."