O Brasil é o país com maior número de Cirurgiões-Dentistas no mundo, segundo dados do Conselho Federal de Odontologia (CFO). São cerca de 383 mil profissionais, que contam com o apoio de 40 mil Técnicos em Saúde Bucal (TSB), 165 mil Auxiliares em Saúde Bucal (ASB), 20 mil Técnicos em Prótese Dentária (TPD) e 7 mil Auxiliares em Prótese Dentaria (APD).
Atualmente, somente no Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) existem mais de 170 mil profissionais inscritos, entre Cirurgiões-Dentistas, ASBs, TSBs, TPDs e APDs. Esses números expressam a importância daqueles que se dedicam à tarefa de educar e formar profissionais qualificados.
A Cirurgiã-Dentista e professora universitária Adriana Zink, mestre na especialidade de atendimentos a Pacientes com Necessidades Especiais e gestora das Câmaras Técnicas do CROSP, destaca que o educador acadêmico tem a missão de formar profissionais criativos, pensantes, questionadores e que busquem o conhecimento atualizado e baseado em evidências científicas, para a realização de prática clínica, de acordo com a Ética da Odontologia e ciência de qualidade.
Ela explica que o padrão de ensino foi modificado para que não apenas seja passado o conhecimento mas, sim, que seja adotada a postura de mediar esse conhecimento de acordo com a realidade de cada turma.
“Temos que ser empáticos. O professor precisa identificar as necessidades individuais e adequar a forma de fazer essa mediação de conhecimento e engajar os alunos nesse aprendizado”, complementa Adriana.
Ensino e tecnologia
A Odontologia é uma das áreas que mais investem em tecnologia. A ciência e as pesquisas científicas estão em constante atividade trazendo novidades e melhorias para a profissão. Segundo Adriana, o professor precisa estar atualizado e levar esse conhecimento para seus alunos, além de incentivar pesquisas e a iniciação científica, o que também é missão do docente.
Contudo, a professora aponta que um dos desafios no tocante à inovação diz respeito às falsas divulgações sobre produtos ou técnicas, que devem ser identificadas e extintas do meio acadêmico. “É uma grande missão. Enfrentamos diariamente uma enxurrada de falso conhecimento através das mídias sociais e vamos, aos poucos, adequando e conduzindo nossos discentes à busca por um conhecimento baseado na ciência”.
De acordo com a profissional, o docente deve estar atento às fontes de conhecimento de seus alunos. Nesse contexto, ela enfatiza que a troca de saberes é muito importante, uma vez que representa também um momento de sinalização de conhecimento de indicações de fontes seguras para aquisição de conceitos. “Agindo dessa forma, vamos juntos levar uma Odontologia de qualidade à nossa população”, conclui.