Em 2016, Ana Carolina Franco passou por um período difícil, com um emprego voltado para a área administrativa. Ela não imaginava que seria a fundadora de dois estabelecimentos voltados para a venda de mega hair, a Franco Hair. Depois de ouvir a ideia de comercializar cabelos vindos de um casal de amigos, a empreendedora, de apenas 26 anos, decidiu tentar a sorte. Atualmente possui duas lojas na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
"Eu trabalhava numa empresa de Home Care, já que eu fazia curso de Administração e Logística. Meu trabalho era selecionar enfermeiros que trabalhavam em domicílio para famílias que precisassem desse serviço. Era muito diferente do que eu faço hoje em dia!", explica Carolina.
A empreendedora afirma que seus amigos foram os responsáveis por iniciar a ideia de vender mega hair, mas que ela não aceitou de primeira. "No começo, fiquei com medo de entrar nesse ramo, de investir nesse novo começo. Eu sempre fui vaidosa, sempre amei cuidar do meu cabelo, a área da beleza sempre fez parte da minha vida pessoal, mas não sabia se ia dar certo trabalhar com isso. Fiquei receosa, mas em 2017 decidi apostar nessa ideia. Deu certo.", conta.
Carolina, como prefere ser chamada, explica que começou a vender cabelos de porta em porta, anunciando os produtos em grupos de venda, trabalhando somente com ajuda do seu marido, que ela afirma que é o seu sócio da vida. A sua virada de chave foi quando uma cliente de São Paulo entrou em contato procurando por seu cabelo e depois a indicou. Foi nesse momento que a carioca decidiu que daria um novo passo.
"Essa venda foi importante para mim porque eu percebi que poderia abrir uma loja. Meu negócio estava dando certo e um local fixo para vender seria ideal para atingir novas metas. Foi assim que a unidade de Bangu foi inaugurada, mas também passei por um período difícil antes dela abrir. Eu e o meu marido sofremos um acidente de moto e ele ficou quatro meses sem andar. Sem o meu maior parceiro, me vi sem o meu braço direito. Entrei em contato com o meu irmão para que ele me ajudasse a preparar o espaço. Agora, ele é o gerente dessa unidade", afirma.
A fundadora da Franco Hair afirma que queria dar um serviço diferente para as mulheres que buscam dar uma repaginada no visual e melhorar a sua autoestima. Carolina afirma que escuta constantemente de suas clientes que nem sempre tiveram uma explicação sobre o procedimento, sobre qual tipo de cabelo é mais indicado para a sua necessidade e como o mega hair será aplicado. Ela explica que queria se destacar no mercado e também ajudar essas pessoas.
"Tenho duas lojas físicas, mas também vendo online. Faço questão que não seja uma simples venda, que você coloca o produto no carrinho e só vai ter uma ideia do que é quando chegar na sua casa. Faço chamada de vídeo com as nossas clientes para explicarmos sobre aquele cabelo que está comprando e para mostrar as opções que nós temos. Apesar de não estarem presencialmente na loja, elas olham a nossa vitrine", aponta Carolina.
Com o sucesso do seu negócio, a Franco Hair possui 13 colaboradores para ajudar Carolina a comandar a marca, além de ter produtos além do Mega Hair, como os tic-tacs de rabo de cavalo para realizar penteados e extensões de cabelo em fita adesiva. O novo passo é a inauguração do seu estúdio em Campo Grande. Segundo a empreendedora, será um espaço totalmente diferente do que o bairro já recebeu.
"Não é fácil achar um estúdio completo nesse bairro e eu queria proporcionar isso para as mulheres que buscam aumentar sua autoconfiança, além de otimizar o tempo delas. Já vi muitas mulheres afirmando que compram o mega hair em uma loja, faz aplicação dele em outro salão, no nosso novo espaço terá junção desses serviços. Nossas clientes terão o nosso suporte para sairem transformadas do estúdio", explica.
Carolina também pontua que busca ser democrática com o seu negócio, para que pessoas que possuam um baixo orçamento possam ter o mega hair. Por isso, ela varia a qualidade dos cabelos disponíveis no estabelecimento, sendo acessível para todas.
"Ter o meu próprio negócio é uma benção. Eu tenho uma bebê de 1 ano e sei como as mulheres que são mães são tratadas no ambiente de trabalho, não há muita empatia com elas. Sendo a fundadora da minha rede, consigo ter um tempo para mim também, para quem eu amo. Isso é importante, não sei se teria essa autonomia em outro lugar", finaliza Carolina.