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Exclusivo: Daniele Hypólito fala sobre a vida das atletas na Ginástica Artística

Qualificação, treinos e barreiras na carreira das profissionais do esporte

Por Portal Eu, Rio! em 12/02/2023 às 12:15:24

Fotos: Divulgação

Treinar cada vez mais e conquistar bastante sucesso na carreira. Sem sombra de dúvida, estes os principais propósitos da vida profissional de um atleta. Seja em uma Olimpíada, um Pan Americano ou demais competições, subir ao pódio é o que mais se almeja. Porém, até chegar a convocação de ida ao campeonato e, enfim, a briga pela primeira colocação, o esportista precisa de qualificação e, acima de tudo, entender que o percurso é longo e que os obstáculos surgirão a qualquer momento. Sobre o assunto, o Portal Eu, Rio! entrevistou, com exclusividade, a ex-atleta Daniele Hypólito, medalhista de prata no Mundial de Ghent na Ginástica Artística (2001), para falar destes temas.


Portal Eu, Rio!: O que é preciso para se qualificar na Ginástica Artística?

Daniele Hypólito: Para ser um atleta de alto rendimento, há fatores importantes: a disciplina, o foco, a determinação e as metas que se colocam, se encaixam nos principais quesitos que fazem a diferença. Sem esquecer dos cuidados com as saúdes físicas e mental. Tudo com moderação.

PER: Qual ou quais barreiras você, como profissional, enxerga nesta carreira, hoje?

DH: A falta de incentivo ao esporte. Desde quando comecei, melhorou. No entanto, é necessário incentivar mais, porque a Ginástica Artística é um somatório de vários pilares importantes. Além, é claro, do fundamental: não existe exclusão, e sim, a inclusão.


PER: No seu ponto de vista, o que falta, no Brasil, para um investimento completo em novos atletas? Por que?

DH: Motivação, desde o início, porque é o pontapé inicial. Mostrar, também, às crianças que o que vale não é apenas o título de campeão, mas vencer os empecilhos na vida. Outro fator é a divulgação do esporte olímpico, que merecia um espaço maior, em todas as ocasiões. Infelizmente, as pessoas só se lembram das Olimpíadas no ano em que acontecem. Acho que isso teria de mudar.

PER: Na modalidade, quantas horas de treino, diárias, são necessárias?

DH: No ginásio, treinamos de sete a sete horas e meia. Treinamento intenso. Todavia, não deixamos de lado a parte da prevenção, da musculação e, claro, da fisioterapia. No total, a prática leva de oito a nove horas, diariamente.

PER: Qual a importância dos exercícios físicos para os atletas?

DH: Junto com a fisioterapia, que é a prevenção, os exercícios prepararam o corpo para o início de qualquer treinamento, independente da modalidade.


PER: Nas equipes de ginástica, quais são as funções desempenhadas pelos treinadores?

DH: Além de dar apoio ao competidor, é passar segurança e indicar o caminho certo no cumprimento de tarefas para alcançar ótimos desempenhos: no tatame, no ginásio, nas quadras, nas águas, no hipódromo, em campo, etc.

Porque os atletas precisam de acompanhamento médico frequente?

É importante, assim como a equipe multidisciplinar. Afinal, uma complementa o outro. A fisioterapia completa a medicina. Temos a nutrição, a psicologia, etc. Atualmente, esse time marca presença nos ginásios de uma forma mais constante. O médico, atendendo duas vezes por semana, acompanha um pouco do treino, o mesmo que o fisioterapeuta e o nutricionista. Todos esses profissionais juntos dão o seu melhor para o atleta, durante a preparação dele às competições.

Quais dicas daria para que os atletas não desistam do sonho da medalha de ouro?

É de suma importância sonhar com o “impossível” e trabalhar o que é “possível”. E digo mais: a única pessoa que pode limitar os seus sonhos, os seus ideais, é você mesmo! Aquelas que duvidam da sua capacidade, do seu talento, confiem em si e sigam em frente!

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