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Agente do Degase pega 43 anos por estupro de adolescentes em centro de SocioEducação na Ilha

Alisson Pires Barreto teve pena aumentada por se valer da posição hierárquica para abusar das meninas

Por Portal Eu, Rio! em 15/02/2023 às 07:04:46

Investigação revelou prática continuada de abusos sexuais contra internas do Degase e levou à condenação de agente. Foto: Agência Brasil

A juíza Camila Guerin, em exercício no VI Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Leopoldina, condenou o agente do Departamento de Ações Socioeducativas (Degase), Alisson Pires Barreto, a 43 anos e três meses de prisão pelo crime de estupro de vulnerável contra duas adolescentes internadas no Centro de SocioEducação Professor Antônio Carlos Gomes da Costa, na Ilha do Governador, em 2021.

Na sentença, a magistrada frisa a robustez das provas e que os depoimentos das vítimas e testemunhas confirmam a autoria e a existência dos crimes. De acordo com a magistrada, as adolescentes estavam numa situação vulnerável, com a liberdade restrita e sujeitas à hierarquia de poder do réu, que tinha a capacidade de facilitar ou dificultar as vidas das jovens.

“Elas já chegam extremamente vulnerabilizadas. A privação de liberdade é uma condição de vulnerabilidade psíquica. Elas não estavam em condições de consentir”, afirma a juíza Camila Guerin na sentença.

A dosimetria da pena foi aumentada porque Alisson se valia da posição hierárquica sobre as meninas, já que era agente do Degase, e porque o réu cometeu o mesmo crime pelo menos três vezes contra uma das adolescentes, nas mesmas condições de tempo, lugar e formas de execução. Em uma das oportunidades, de acordo com os autos, Alisson saiu do alojamento de uma das vítimas e foi, na mesma noite, para o alojamento de outra.

Fonte: Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro

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