Viradouro fecha o desfile com crítica social e aclamando a mulher negra

Com a saga de Rosa Maria Egipcíaca, da tribo africana de Courana, a Acadêmicos do Viradouro fechou o carnaval das escolas de samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro, na manhã desta terça-feira (21), na Marquês de Sapucaí. O carnavalesco Tarcísio Zanon contou na avenida a história da primeira mulher negra a escrever uma autobiografia no seu país.

As alas da Viradouro voltaram ao tempo da Inquisição para narrar os horrores sofridos pela sua homenageada, que foi acusada de ser bruxa. Apesar do tema forte, Zanon conseguiu dar leveza ao desfile com fantasias e alegorias criativas e que destacaram a fibra de Rosa Maria, fazendo um comparativo com que a classe ainda sofre na sociedade.

A atriz Erika Januza brilhou no desfile da vermelho e branco de Niterói, como rainha da bateria. Um pouco antes do desfile, a atriz descreveu a sensação de estar novamente desfilando pela agremiação, em uma postagem no seu Instagram: "Chegou o nosso dia. Nem chegou a hora e eu já estou emocionada. Acho que este ano eu fiquei mais ansiosa do que ano passado, não sei o que é isto. E ano passado foi estreia. Eu estou muito feliz. Hoje seremos a última escola e vamos fechar com chave de ouro. Com todo gás, toda garra, todo amor que a gente levou aqueles ensaios."

Atendimentos médicos

Até as 4h da manhã desta terça-feira, os postos de atendimento médico da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) no sambódromo já receberam 477 pessoas. Entre elas, 26 precisaram ser removidas para unidades de emergência da rede municipal de saúde.

A SMS conta com expertise de anos operando postos médicos em eventos com grande concentração de público, como carnaval e réveillon. Os postos médicos também já funcionaram durante os ensaios técnicos das escolas de samba, nos fins de semana que antecederam os desfile. Além disso, a SMS também atua no carnaval de rua, dando suporte a 49 blocos dos circuitos do Centro e da Zona Sul, até o fim da folia.