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Rússia estuda proposta de Lula de paz para a Ucrânia

Recusa brasileira em fornecer armas aos ucranianos, apesar da pressão americana, agrada chancelaria de Putin

Por Portal Eu, Rio! em 23/02/2023 às 15:01:17

Vice-ministro das Relações Exteriores da Federação Russa, Mikhail Galuzin elogiou 'postura soberana' do Brasil em recusar fornecimento de armas à Ucrânia, apesar da pressão dos EUA. Foto: Agência TASS

MOSCOU, fevereiro. TASS. Moscou está estudando as propostas de paz do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva para a Ucrânia, mas está levando em conta a evolução da situação "no terreno", disse o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Mikhail Galuzin, em entrevista à TASS.


“Tomamos nota das declarações do presidente do Brasil sobre o tema de uma possível mediação, a fim de encontrar caminhos políticos para evitar a escalada na Ucrânia, corrigindo erros de cálculo no campo da segurança internacional com base no multilateralismo e considerando os interesses de todos os atores. Estamos examinando as iniciativas, principalmente do ponto de vista da política equilibrada do Brasil e, claro, levando em consideração a situação 'no terreno'", afirmou.


Galuzin enfatizou a importância da visão do Brasil, que é parceiro estratégico de Moscou bilateral e globalmente. "Estamos interagindo de forma construtiva no BRICS, G20, ONU e seu Conselho de Segurança, onde esta nação agora é representada como membro não permanente", acrescentou.


A Rússia aprecia o fato de o Brasil não fornecer armas a Kiev, apesar da pressão dos EUA, enfatizou o vice-ministro das Relações Exteriores.


"Gostaria de enfatizar que a Rússia valoriza a posição de equilíbrio do Brasil na atual situação internacional, sua rejeição a medidas coercitivas unilaterais tomadas pelos EUA e seus satélites contra nosso país e a recusa de nossos parceiros brasileiros em fornecer armas, equipamentos militares e munição para o regime de Kiev", disse ele.


"Ao mesmo tempo, podemos ver como Washington está pressionando o Brasil. Essa postura soberana merece respeito", acrescentou Galuzin.


Mais cedo, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que as autoridades do país não tinham intenção de transferir armas e munições para terceiros países para serem usadas no conflito ucraniano.

Fonte: Agência TASS

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