A Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro (FIERJ), em diligência à DECRADI (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância), solicitou a investigação de fatos noticiados pela imprensa quanto à turma de bate-bolas "Virtual de Madureira", que saiu neste ano na zona norte do Rio de Janeiro com uma fantasia com o rosto do ditador alemão Adolf Hitler estampando no torso da roupa.
A investigação foi aberta e quer apurar crime de racismo, que é punido pela Lei 7.716/89. Os desfiles desse bloco ocorreram nos últimos dias 18 e 22 (durante o Carnaval).
"Esperamos que a investigação possa indicar autores e que haja a denúncia pelo crime de racismo, pois é o meio de se processar e punir quem faz apologia ao nazismo. Estamos em um momento muito delicado em nosso país em que, reiteradas vezes, a FIERJ vem alertando para que não se permita a banalização do Holocausto, ou a exaltação a Adolf Hitler e sua obra, cujo teor é racista. Lembrando que a prática de racismo é crime em nosso país. São necessárias ações educativas, mas não podemos deixar impunes quem faz apologia ao crime", explica Alberto David Klein, presidente da FIERJ.
De acordo com nota da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância, a DECRADI iniciou investigação para apurar crime de divulgação do nazismo após tomar conhecimento do fato. Foi expedido ofício para a Secretaria Municipal de Cultura a fim de identificar os responsáveis pelo bloco. Diligências estão em andamento.