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Rio, aos 458 anos, guarda legado tupi e vestígios de suas transformações

Guanabara, braço de mar, e Maracanã, ave estridente como um grito de gol, ilustram permanência indígena na paisagem carioca

Por Portal Eu, Rio! em 28/02/2023 às 15:23:21

Passados 458 anos, pouco sobrou do morro Cara de Cão, local de fundação do Rio de Janeiro, fora a beleza da vista. Foto: Prefeitura do Rio

Boa parte daqueles que visitam a Igreja de São Sebastião, na zona norte do Rio de Janeiro, não sabem da importância histórica da "Igreja dos Capuchinhos", como ela é popularmente conhecida. Além de ser dedicada ao Padroeiro da Cidade Maravilhosa, a igreja abriga uma imponente pedra de granito, que foi fincada por Estácio de Sá para marcar a fundação da Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, no dia primeiro de Março de 1565.

Com mais de 2 metros de altura, a pedra originalmente teria sido colocada às margens da Baía de Guanabara, mas depois foi levada para a Igreja. E como a colonização portuguesa veio atrelada à catequização católica, está não é a única igreja que conta a história de formação do Rio, como explica o historiador Rafael Mattoso.

Ouça no podcast do Eu, Rio! a reportagem de Tatiana Alves, da Rádio Nacional, sobre 'as pedras pisadas do cais', os marcos ocultos das muitas lutas que construíram a cidade mais conhecida e visitada do Brasil.

Espalhados pela cidade, há muitos monumentos históricos pouco conhecidos da população carioca e menos ainda dos milhões de turistas que visitam o Rio de Janeiro anualmente. E alguns deles resistiram a grandes mudanças ocorridas nos últimos 458 anos. O Morro do Castelo, por exemplo, onde a ocupação do Rio de Janeiro começou, foi literalmente posto abaixo no início do século passado. Mas Rafael Mattoso conta que alguns vestígios ainda podem ser vistos.

Morro do Castelo foi demolido quase inteiro no processo de urbanização do começo do século XX, para retirar obstáculos à 'Paris dos Trópicos'


Mas a cidade não começou com a chegada dos portugueses. O jornalista Rafael Freitas, autor do livro “O Rio antes do Rio” e biógrafo de Araribóia, o principal líder indígena do século XVI, reforça a herança indígena que a cidade carrega. Um exemplo é o nome do principal estádio do Brasil, o Maracanã, palavra de origem TUPI, que nomeia uma espécie de papagaio abundante na região àquela época e que significa “como o chocalho maracá”.

Apesar de os povos indígenas do Rio de Janeiro terem sido praticamente dizimados, a contribuição deles para a formação da cidade continua. Que digam os cariocas, termo que nomeia a pessoa nascida na capital fluminense. A palavra é de origem tupi. Seu significado é casa de branco.

Já Guanabara, que é o nome da Baía que banha grande parte do litoral carioca, significa "Braço de Mar" em tupi-guarani. Descoberta pelos portugueses em janeiro de 1502, a formação foi confundida como a foz de um grande rio e por ser janeiro, foi então chamada de Rio de Janeiro, batizando a cidade e o estado.



Por Portal Eu, Rio!

Fonte: Agência Brasil e Radioagência Nacional

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