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Casal mochileiro desbrava o mundo em suas viagens

No currículo oitenta e um países e suas principais cidades em diversos continentes do planeta

Por Nilber Ferreira em 21/01/2019 às 18:16:00

Michael e Tatiane nas florestas de Baobás, em Madagascar (Foto: Arquivo pessoal)

Pouca bagagem na mão e muita história para contar. O casal de professores Universitários de Curitiba, Michael Dias, 38 anos e Tatiane Antonovz, 37, há quinze anos viajam o mundo conhecendo culturas e outros povos desse vasto mundo. Como Marco Polo em suas viagens na Ásia, os Brasileiros cidadãos do mundo estão dando a volta pelo "mapa mundi".

Tudo começou em uma ida a Nova Zelândia para testar o aprendizado no recém-concluído curso de inglês numa época em que a internet não disponibilizava fartas informações sobre o lugar, costumes e o modo de falar sem cometer gafes: " Ficamos um mês por lá batendo perna, era outra realidade, demos conta tranquilamente e não paramos mais", confessa Michael Dias, 38 anos, professor universitário de contabilidade, que atualmente faz seu doutorado.

Dado o "start" nesta verdadeira Odisseia Michael e Tatiane vem colecionando experiências multiculturais em mais de 81 países visitados, interagindo com as particularidades de cada nação ao longo desses anos, e sempre juntos. Em apenas umas ocasiões por conta das agendas conflitantes ficaram 6 meses distantes, ele no Brasil, na ocasião servia a Aeronáutica e ela foi para os EUA trabalhar e estudar.

O professor Michael Dias dá aulas online nos cursos de Graduação e pós-graduação pela plataforma EAD (ensino a distância) do grupo Uninter e em cursos preparatórios para concurso público. Tatiane leciona na área contábil e fará junto com Michael doutorado nos EUA em agosto deste ano. Ele Políticas públicas e ela Ética e fraude nos negócios.

Levando poucas malas, o casal consegue economizar em taxas adicionais, o que reduz consideravelmente os custos das viagens, que permite itinerários com intervalos de até 70 dias. Michael Dias em decorrência de uma distrofia muscular não pode carregar muito peso. A doença gradativamente vai enfraquecendo os músculos, no caso do professor tem prejudicado os membros inferiores.

O susto inicial do problema no primeiro momento foi em pouco tempo trocado pelas descobertas e surpresas das terras e mares percorridos que a dupla de exploradores vem carimbando nos passaportes e nas paredes do coração. Enquanto houver pernas o explorador Michael irá " Só se as pernas não me deixarem mais viajar" ressalta. O professor atua com os deficientes diretamente veiculando alguns vídeos em seu canal do Youtube explicando como obter isenções legais, prestando orientações jurídico financeiras. O canal já tem mais de 2300 inscritos.

Nos trajetos entre Aeroportos, portos e estações desencontros como na Croácia em que um deslize do administrador da pousada esqueceu sua reserva. Pleno verão europeu, quartos lotados, o jeito foi ficar em um quarto na casa dos pais do moço da pousada. Aperto em Honduras quando após um tombo no quarto com o pulso quebrado precisou ser levado até a Capital, San Salvador, onde colocou gesso e retornou ao Brasil para ser operado.

Aventureiros que são levam tudo na boa vivendo um dia e local por vez, absorvendo cada giro do relógio e fusos horários que tem se acostumar. Numa das Ilhas do Arquipélago das Maldivas, parte do atual itinerário, por exemplo são 7 horas de fuso em relação ao horário de Brasília.

Os caminhos abrem espaços para novas amizades. Nas Maldivas, em sua primeira visita conheceu Bushree Moosa, na época tinha um mercadinho na ilha de Fulidhoo (parte do arquipélago) estava começando um negócio de hospedagem. Michael ajudou o comerciante a anunciar seu negócio e explicou a Bushree como funcionava o processo. O anúncio rendeu hospedes e Busheree estabeleceu seu negócio na ilha. Em retribuição o casal tem um cantinho seu na casa do comerciante e são parte praticamente cidadãos Maldivos. A natureza magistral do local de 600 x 200 metros quadrados com 450 habitantes os atrai novamente a ilha de Fulidhoo e a amizade de Bushree.


De norte a oeste, leste a sul das extremidades da mãe terra em lugares de natureza exuberante como Laos, Austrália, Namíbia ou Locais históricos como Grécia, Peru, Rússia, China o casal de viajantes acumula uma infinita bagagem pessoal que não pode ser comprada, apenas vivida.

Alguns amigos questionam Michael de tanto viajar com as dificuldades que a doença impõe. O professor reduz suas limitações ao campo mental, a questões religiosas, culturais ou raciais, esquecendo das adversidades físicas. Abandona sua zona de conforto para viver como os outros vivem, isso segundo ele é capaz de arrebentar os próprios conceitos e preconceitos que durante a vida tentam cegar o nosso campo de visão.

"Não fui eu quem escolheu as viagens. Elas que me escolheram. Viajando eu esqueço das minhas limitações físicas e apenas me preocupo com as minhas limitações mentais, sejam religiosas, culturais ou raciais", diz Michael.

O casal Bruna Nunes e Jhonata Mateus, 25 e 27 anos respectivamente, também tem essa vibe turística de conhecer o Brasil e o mundo. A analista de produtos Bruna tem nos planos a capital do Amazonas, Manaus e a fascinante Índia. O supervisor de recepção de rede hoteleira Jhonata, tem perfil mais aventureiro, deseja a exótica Tailândia. Os dois criaram um perfil no instragam chamado "Casal de turismólogos" onde opinam sobre os lugares que visitam.

A página conta com mais de 1,3 mil seguidores. Casaram com o turismo literalmente de papel passado e tudo. Buscam hotéis com mais conforto, mas sem extravagancias "Em minhas férias busco o mesmo conforto que durante o ano proporciono aos meus clientes", completa Bruna. Com pé no chão para não extrapolar o orçamento fazem seu planejamento de viagens.

Independente dos destinos que possamos ir os casais de desbravadores da matéria de hoje no inspiram a viver e navegar nos mares da vida como imortalizou em versos Fernando Pessoa nos dizendo que o necessário é criar e tornar a vida grande gerando um tesouro para todas as pessoas, acessível hoje no clic do computador, do tablete, celular em nossas redes sociais.

"Quando se viaja, abandona-se a zona de conforto e a novidade passa a ser rotina. É o melhor momento, pois é quando se tem a plena certeza de que toda viagem nos deixa mais inteligentes e, ao mesmo tempo, cientes do tamanho da nossa ignorância", Enumera Tatiane Antonovz, companheira de viagens e de vida de Michael Dias. A projeção dos desbravadores é chegar aos 100 países visitados até o final de 2019.

A certeza que se tem é o Amor envolvido e a sua força que nos move, que alimenta o coração, amplia nosso olhar sobre a nossa existência. É preciso saber viver e viajar para onde quer que se vá, da rua onde se mora até aos confins do Brasil e do planeta. Vamos viajar!

Informações - redes sociais

Facebook - micdias

Instragam - michaeldcorrea

Blog das viagens - Tellmeaboutbrasil

Instagram - Casal de turismólogos - Bruna Nunes e Jhonata Mateus

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