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Apresentando o novo Brasil

Bolsonaro em Davos: O que esperar

Presidente discursará como principal estrela do Fórum Econômico Mundial.


Bolsonaro declarou que apresentará aos líderes mundiais o "novo Brasil". Foto: Divulgação

O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, fará a sua estreia internacional no principal palco do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. Neste evento, reúnem-se a elite cosmopolita da globalização, que o próprio presidente, de certa forma, foi convencido a combater. No entanto, ao mesmo tempo, estarão presentes também os principais nomes do mundo dos investimentos, que o presidente foi convencido a cultivar.

Nesta segunda-feira (21), ao desembarcar em Davos, Bolsonaro declarou que apresentará aos líderes mundiais o "novo Brasil" em que ele e seu novo governo estão trabalhando, e que será mais amigável para investidores e agronegócios.

"Queremos mostrar que o Brasil está tomando medidas para que o mundo restabeleça a confiança em nós", disse Bolsonaro ao chegar à estação de esqui suíça que sedia a reunião do Fórum Econômico Mundial.

O tema do World Economic Forum deste ano é "Globalização 4.0". Diante das ondas de nacionalismo, com forte conteúdo religioso que atinge várias partes do planeta, inclusive o Brasil, a globalização enfrenta um dos seus momentos mais difíceis.

O foco deste ano recairá sobre questões geopolíticas mais abrangentes. A guerra comercial entre Estados Unidos e China, por exemplo, é citada não como causa do cenário político mundial mais conturbado, mas sim como consequência.

O presidente Donald Trump, que enfrenta seus próprios leões em casa, anunciou, em cima da hora, a desistência de participar do fórum. O líder chinês, Xi Jinping, também não irá.

Theresa May, primeira ministra britânica, luta para manter seu acordo do Brexit em pé (acordo este que quase lhe custou o cargo), Emmanuel Macron, presidente francês, tem seus pesadelos com os coletes amarelos (manifestantes de coletes amarelos que varrem a França há quase um mês), e também não comparecerá. O presidente da Argentina, Mauricio Macri, está mais preocupado com a reeleição, e declinou do convite.

E é neste cenário que o líder da maior economia do hemisfério sul, Jair Bolsonaro, se tornou a atração principal de Davos. Na terça-feira (21), ele disse que apresentará um discurso "muito curto", definindo a direção pró-mercado que o Brasil seguirá "sem ser guiado pela ideologia". A fala será dada às 15h30m no palco principal, ao lado do fundador do Fórum Econômico Mundial, WEF em inglês, Klaus Schwab.

"Vamos mostrar que somos um país seguro para investimentos, especialmente na área do agronegócio, o que é muito importante para nós. É o nosso bem mais valioso. Queremos expandir esse tipo de negócio. Estamos aqui para isso, para mostrar que o Brasil está mudando", disse Bolsonaro.

É esperado que os discursos de Bolsonaro, e do Ministro da Economia, Paulo Guedes, soem como música aos ouvidos liberais. Poderá ainda ocorrer a venda de até 200 empresas estatais, incluindo a gigante de energia Eletrobrás, além de setores de terceira linha da Petrobrás.

Guedes complementará ainda com um diagnóstico sobre as quatro décadas de baixo crescimento do Brasil, adiantando que pretende duplicar de 1% para 2% do PIB o investimento em tecnologia e inovação e aumentar de 22% para 30% até 2022 a fatia do PIB dedicada ao comércio exterior.

Mas nem só de rosas poderá ser a passagem brasileira nesta edição do WEF. Os espinhos estarão nas áreas de meio ambiente e migração. A saída recente do Pacto Global para a Migração e a ameaça de abandono do Acordo de Paris são, portanto, pedras no sapato de Bolsonaro.

Davos Jair Bolsonaro

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