Jornalistas poderosas: 'feras' do setor abordam novos horizontes para a profissão

Os desafios que a mulher enfrenta na área do Jornalismo, assim como a busca por caminhos e soluções de maior diversidade na profissão, vão estar em pauta no debate “Jornalistas Poderosas”, que será promovido nesta próxima quarta-feira (08) – Dia Internacional da Mulher -, no auditório das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), em Botafogo, na Zona Sul do Rio. Com entrada gratuita e aberto ao público, o encontro vai contar com nomes ‘de peso’, como o de Suzana Liskaukas, do Valor Econômico, Carolina Morand e Silvana Maciel, da CBN, e Carla Matera, da FluTV.

As duas mesas de debates, a primeira às 10h e a segunda às 19h, terão transmissão simultânea pelo canal da faculdade no YouTube.

De acordo com o estudo “Perfil do Jornalista Brasileiro 2021”, realizado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), os perfis mais predominantes nas redações brasileiras são as mulheres brancas entre 31 e 40 anos, moradoras de São Paulo, solteiras, sem filhos e com ensino superior completo. Já uma pesquisa feita pelo Instituto Reuters em 12 países demonstra que existe um abismo de gênero no comando das redações e o Brasil está na lanterna - apenas 7% dos principais editores são mulheres. A ONU também traz outro dado alarmante: metade dos jornalistas do mundo já foi atacada por ser mulher.

Para debater essas questões, a Facha convidou seis jornalistas mulheres: Suzana Liskaukas, que colabora para os suplementos especiais do jornal Valor Econômico, portal Convergência Digital e InfoMoney; Carolina Morand, âncora do programa “Ponto Final”, da CBN, e apresentadora do podcast “Ao Ponto”, do jornal O Globo; Carla Matera, repórter na FluTV; Silvana Maciel, repórter na CBN; Nayara Alves, locutora na rádio Antena 1; e Alessandra Saraiva, coordenadora digital no Valor Econômico.

De acordo com a coordenadora do curso de Jornalismo da Facha, Ivana Gouvêia, que irá mediar o debate, os números das pesquisas revelam que o perfil dos jornalistas no Brasil é homogêneo e não representa a diversidade do país.

“Precisamos cada vez mais falar sobre diversidade e inclusão. E a Facha tem esse compromisso. Neste Dia Internacional da Mulher, queremos trazer luz a essas questões que são fundamentais para a área da Comunicação, que ainda tem equipes bastante homogêneas em aspectos como raça, classe e gênero. Essa falta de diversidade no Jornalismo é um dos motivos que levam a coberturas que não contemplam a complexidade da população e não contribuem para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária”, afirma.

Serviço

Evento: Jornalistas Poderosas

Data e horário: 08 de março (quarta-feira), às 10h e às 19h

Local: Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha) - Rua Muniz Barreto, 51, Botafogo- RJ

Entrada gratuita e aberta ao público

Transmissão simultânea no YouTube (https://www.youtube.com/@FaculdadeFACHAOficial)