Alunos terão uniformes produzidos por costureiras de comunidades e detentas

Uma iniciativa inédita na cidade do Rio de Janeiro estabeleceu como meta prioritária a criação de postos de trabalho como forma de gerar renda para a população mais carente, além de contribuir com a reabilitação de detentas. A determinação do prefeito Marcelo Crivella já está ocupando costureiras de cooperativas de comunidades cariocas e presidiárias da Penitenciária Talavera Bruce na confecção dos uniformes dos alunos da Rede Municipal de Ensino. O aproveitamento da mão de obra foi acordada pela Secretaria Municipal de Educação e a empresa responsável pela produção das peças.

Costureiras de cinco cooperativas já produziram as peças-piloto. Já o trabalho das detentas está sendo conduzido pela Fundação Santa Cabrini.

"A prefeitura está usando o seu poder de compra para fortalecer as cooperativas com mão de obra local. Com isso, cria uma opção de renda para o trabalhador carioca e impulsiona o desenvolvimento econômico nas áreas mais vulneráveis da cidade", ressalta o prefeito.

A meta é que cada aluno da rede municipal receba duas camisas, totalizando a entrega de1,3 milhão de camisetas neste ano letivo de 2019.Serão produzidas pelo menos cem mil camisetas por costureiras e detentas. Todas as peças passam pelo controle de qualidade da empresa responsável pela fabricação dos uniformes.

Moradora do Morro da Providência, na região central do Rio, Marcia Raquel Alves de Araújo, 47 anos, aprovou a iniciativa da Prefeitura. "Na cooperativa, eu consigo fazer uma renda e aprender uma nova profissão. Essa chance está abrindo portas. É uma oportunidade de contribuir para que as crianças sejam identificadas quando forem à escola, e nós vamos saber quem fez", disse, sem esconder o orgulho.

Desempregadas, Ana Beatriz Souza Kellel, 31, e Marcia Alves dos Santos, 42, comemoraram a oportunidade. "Está todo mundo sem trabalho e precisando de dinheiro. É uma chance de fazer renda", disse Marcia.