Ameaçada pelo tráfico após morte do marido, viúva de PM pede ajuda para mudança

Uma semana após o assassinato do cabo Rodrigo Marques Paiva, 35 anos, sua viúva teve que sair da casa em que a família morava levando os quatro filhos do casal. Sem conseguir acesso à conta do marido por não possuir a senha bancária e também por causa da biometria, ela está de favor na casa de amigos.

"Mesmo com a nossa certidão de casamento e a certidão de óbito do meu marido eu não consegui sacar o dinheiro que ele estava guardando justamente para emergências, para caso acontecesse alguma coisa com ele", desabafou Valdelice Correia de Oliveira, 34.

Lotado no 35°BPM (Itaboraí), o cabo Marques foi executado em Marambaia, no município de Itaboraí, na frente da mãe, na noite do último dia 17 de janeiro.

O PM, que era morador do bairro e atuava no Patrulhamento Tático Móvel (Patamo) do batalhão da cidade combatendo o tráfico de drogas na região, já havia dito a amigos que precisava se mudar.

Ele foi abordado pelos criminosos no momento em que estava lanchando em um trailer com a mãe. Os bandidos levaram a arma do policial, que estava há dez anos na corporação.

Três dias após a morte, uma chacina ocorreu na região, deixando nove mortos, além de três baleados. Acreditado que a ação era uma retaliação ao assassinato do cabo Marques, traficantes da área então decretaram que os familiares do PM seriam mortos.

"Preciso fazer minha mudança, tirar meus pertences, pra sair logo de lá. Não só pelas ameaças, mas pelos meus filhos. Não tenho como criá-los lá", lamentou Val, ao ser comunicada sobre a demora do processo para começar a receber a pensão.

Quem puder e quiser ajudar, pode depositar qualquer quantia diretamente na conta da viúva.

Banco Itaú

Ag 6553

Cc 48536-5

Valdelice Correia de Oliveira

CPF 107.157.047-10