O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, autoproclamado presidente encarregado do país, agradeceu na segunda-feira (04) o apoio dado pela União Europeia. Pelo menos 12 países o reconheceram como presidente interino da Venezuela, em uma nova onda de pressão contra Nicolás Maduro.
Quase um a um, Guaidó expressou sua gratidão aos governos europeus no Twitter, com hashtags que variavam de #VamosBien (vamos bem) até # EstáConVzla (está com a Venezuela).
Maduro já havia rejeitado a possibilidade de abandonar o poder ou convocar novas eleições presidenciais, porque, segundo ele, "não aceita ultimatos de ninguém".
Em vez disso, ele continua a apostar em um caminho de diálogo que lhe permite ganhar tempo, uma estratégia típica característica de Maduro, que funcionou bem, até agora. Toda vez que havia diálogo entre o regime e a oposição, os resultados eram nulos, mas permitiam que Maduro permanecesse intacto no poder. Agora aposta na mesma fórmula, indo a uma das poucas vozes que não a condenam: o Papa argentino Francisco I.
Francisco ofereceu sua ajuda em 28 de janeiro, enquanto disse que "assusta um possível derramamento de sangue na Venezuela”.
Maduro anunciou na segunda-feira que enviou uma carta ao Papa Francisco. "Espero que esteja a caminho ou tenha chegado a Roma, no Vaticano", disse ele antes de acrescentar que está "a serviço da causa de Cristo".
"Nesse espírito, pedi a ele que nos ajudasse com um processo de facilitação, de fortalecer o diálogo como um caminho", disse Nicolas Maduro, lembrando o apelo liderado pelo México e pelo Uruguai em favor de um processo de diálogo.
Além do recente apoio dos principais países europeus, Guaidó conta também com o apoio dos Estados Unidos, Canadá, Brasil, Argentina, Colômbia, Grupo de Lima, OEA e Parlamento Europeu, entre outros.