O jovem carioca de 13 anos Davi Teixeira é mais conhecido como Davizinho Radical por mesmo tendo nascido com uma má formação nos braços e pernas identificada como síndrome da banda amniótica, pratica diversos esportes radicais entre outros o surf, onde se sagrou em 2016 campeão mundial de surf adaptado em San Diego na Califórnia.
Após ser vice na edição do ano passado, posição que já tinha ficado em sua estreia no campeonato em 2015 com apenas 11 anos, ele participou de um curso de apneia visando melhorar seu desempenho para poder conquistar uma vaga nas Paralimpíadas do ano que vem em Tóquio no Japão. A aula final aconteceu na manhã do último domingo (03) na Praia do Recreio na Zona Oeste do Rio.
Organizado pela Apneia Surf Brasil, o curso é voltado para surfistas profissionais e também amadores, onde o aluno aprende técnicas de respiração, que dão mais confiança e aumentam a segurança e a capacidade pulmonar, além de desenvolver maior resistência embaixo d'água. Ele foi desenvolvido pelo professor Christian Dequeker.
“O curso tem como objetivo ensinar, em poucas horas, técnicas para que surfistas possam lidar melhor com os ‘perrengues’ dentro do mar. O curso é baseado numa metodologia que eu desenvolvi nos anos 90 chamada Método de Simulação da Realidade (MSR)”, explica.
Também surfista, Christian é um dos pioneiros em treinamentos desse tipo no país. Inclusive ele já foi recordista brasileiro em apneia, além de ser o instrutor oficial dos atletas do Instituto Gabriel Medina (IGM).
“Fazemos simulações de um mar com cargas de tensão, esforço e estresse para que, num ambiente controlado, o surfista possa aprender a ter uma resposta mais eficiente para sair dessas situações de risco”.