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Não quer conduzir o inquérito

Promotor do caso Flávio Bolsonaro pede afastamento da investigação

Claudio Calo entende ser mais oportuno que a investigação seja conduzida pela Promotoria de Justiça de Investigação Penal tabelar.


Investigação sobre o senador Flávio Bolsonaro deve ser conduzida pela Promotoria de Justiça de Investigação Penal tabelar. Foto: Agência Brasil

O promotor de Justiça Cláudio Calo, de investigação penal do Ministério Público do Rio de Janeiro, declarou nesta terça-feira a sua suspeição em relação ao inquérito sobre o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e o ex-assessor dele, Fabrício Queiroz. O motivo é que ele se manifestou diversas vezes em sua conta no Twitter favoravelmente às ideias defendidas pelo presidente Jair Bolsonaro. A decisão foi entregue ao promotor Marcelo Muniz, da Central de Inquéritos do MP-RJ.

O MP divulgou uma nota sobre a decisão de Calo:

"De acordo com o promotor de Justiça Claudio Calo, "após profunda reflexão jurídica, em respeito à imagem do MPRJ e às investigações, até mesmo diante da repercussão que o episódio vem tendo na mídia, juridicamente entendi ser mais oportuno que a investigação sobre o senador Flávio Bolsonaro seja conduzida pela Promotoria de Justiça de Investigação Penal tabelar. Não se trata de declínio de atribuição, pois a atribuição, como se sabe, é da 24ª PIP, mas trata-se de questão de cunho pessoal. Desta forma, desligo-me do caso referido. Registro, porém, que além deste, o Procurador-Geral de Justiça declinou de sua atribuição em diversos outros episódios envolvendo servidores da Alerj para esta 24ª PIP, cujos procedimentos investigatórios serão todos presididos por mim, com exceção do caso Flávio Bolsonaro". 

Em sua conta no Twitter, Calo retuitou o vereador carioca Carlos Bolsonaro (PSC) em um post crítico à imprensa e no qual defende o pai, além de ter reproduzido entrevistas com Flávio sobre suas relações com Queiroz. No último dia 27, o promotor retuitou a seguinte postagem de Carlos Bolsonaro: "CONFERE? Bolsonaro: diária do hotel em Davos, de Bolsonaro: $300 e Comitiva de 13 pessoas - Dilma: diária da suíte presidencial, em Davos: $10.000 e Comitiva de 80 pessoas. Dando um valor absurdamente maior. Alguém viu ou ouviu a mídia comentar alguma coisa?".

O processo caíra na última segunda-feira nas mãos de Calo, após o procurador-geral Eduardo Gussem ter repassado o inquérito, devido à posse de Flávio como senador na última sexta-feira, quando o ministro Marco Aurélio Melo, do Supremo Tribunal Federal, rejeitou o pedido do político e devolveu o processo ao MPRJ. A Central de Inquéritos distribuiu o caso para Calo por ele ser especialista em investigar servidores públicos. O promotor, porém, continuará à frente das investigações sobre outros deputados estaduais cujos assessores foram citados pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), devido às movimentações bancárias atípicas.

Nesta quarta-feira, o MP deverá anunciar outro promotor para o caso Flávio/Queiroz.







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