O novo gestor do Hospital Federal de Bonsucesso, o médico Júlio Noronha, enviou esta semana um relatório ao Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj), pedindo interdição ética imediata na unidade, com fechamento da emergência por 30 dias. A alegação do médico é que a inauguração, realizada pela gestão anterior, do setor de CTI está sem médicos suficientes. Além disso, o hospital está com pacientes internados em cadeiras de plástico, CTI sem especialistas, superlotação e problemas sérios de infraestrutura.
O relatório aponta que “torna-se inviável a implementação de um processo de trabalho eficaz, devido ao caos existente, não havendo meios de escoamento de pacientes”.
Em nota, o Cremerj esclarece que ao receber o pedido, solicitou prioridade máxima no agendamento da próxima fiscalização.
“Caso as irregularidades denunciadas sejam confirmadas durante a vistoria, a interdição ética torna-se uma realidade.” - salienta a nota, que teve a decisão proferida na presença do presidente do Cremerj, Dr. Sylvio Provenzano, da vice-presidente, Dra Célia Regina, do conselheiro Ricardo Azedo, do presidente do corpo clínico do HFB, Dr. Baltazar Fernandes, do chefe da Emergência, Dr. Julio Noronha, do primeiro secretário do corpo clínico, Dr. Mauro dos Santos e do presidente da Federação Nacional dos Médicos, Dr. Jorge Darze.
De acordo com o dr. Julio Noronha, a unidade tem 10 leitos para pacientes graves e 18 leitos para observação masculino e feminina, no entanto, há 79 pacientes internados além dos 93 atendimentos realizados na emergência.