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Escritora cria série para falar de doenças que atingem bilhões no mundo

Conteúdo tem linguagem simples e ilustrações sobre estudo de doenças transmitidas por vetores

Por Portal Eu, Rio! em 31/05/2023 às 09:00:00

Foto Divulgação

A jornalista e escritora Dorinha Aguiar sempre apresenta conteúdos relevantes em suas obras. Não é diferente na série Guardiões da Saúde. Dorinha Aguiar é uma facilitadora diferenciada que coloca luz em pautas que têm como objetivo proporcionar uma sociedade melhor, mais saudável. Desta vez, ela coloca em linguagem simples e de fácil entendimento e com ilustrações para crianças e adolescentes e também adultos o estudo de doenças transmitidas por vetores, de veiculação hídrica, baseadas na água, transmitidas por ectoparasitas, pela falta d’água, por agrotóxicos e fertilizantes e por metais pesados.

A série Guardiões da Saúde tem o objetivo envolver o leitor e o estudante no aprendizado das doenças: dengue, febre amarela, leishmaniose, malária, oncocercose e elefantíase, que atingem bilhões de pessoas no mundo, condenando milhões à morte ou a limitações e discriminações. Segundo Dorinha Aguiar, a metodologia aplicada estimula a memorização e o engajamento, o que estimula os leitores a praticarem cuidados básicos que podem assegurar uma vida com saúde.

"A metodologia é exclusiva e inédita. Inclui traduzir as informações científicas para uma linguagem acessível e convidativa, sem poupar as importantes, acrescentando ilustrações didáticas, tornando o tema de interesse de todos. O método acrescenta técnicas de memorização, além de inserir o leitor na situação, convencendo-o a ter cuidados pessoais e a se inserir nos coletivos, engajando-se no grupo de pessoas comprometidas para disseminar informações preciosas ", explica a escritora.

Dorinha Aguiar conta que a produção da série Guardiões da Saúde levou mais de dez anos para chegar ao mercado, mas que alcançou a ideia de apresentar as doenças de forma simples e atraente, capaz de conquistar leitores para o aprendizado e, o mais importante, para colocar os cuidados em prática. " Apresentamos a primeira subsérie com o livro inicial pesquisa, que orienta o leitor a reconhecer ou conhecer a realidade do entorno dele e, com informações objetivas, conscientizar-se da importância de ser uma agente em prol da saúde dele e da comunidade onde vive", frisa a escritora, que afirma que esta primeira subsérie foi revisada cientificamente e está disponível nas principais plataformas, bibliotecas e livrarias digitais.

A doutora em Ciências pela Faculdade de Saúde Pública da USP; mestre em Vigilância em Saúde do Programa de Gestores em Epidemiologia para o SUS (EPISUS – FSP/USP); médica veterinária especializada em Vigilância em Saúde, Zoonoses, Entomologia, Epidemiologia e Estatística; Alessandra Ferreira da Silva, afirma que a série Guardiões da Saúde é um material importante para pesquisa e aprendizado, dirigido ao público em geral. "Ao revisar a série Guardiões da Saúde, pude relembrar e memorizar uma série de dados, colocados com uma metodologia diferenciada. Algumas questões caíram no concurso para médico veterinário na Prefeitura de Macaíba, Rio Grande do Norte. Inclusive, fiquei em primeiro lugar no concurso", conta Alessandra Ferreira.

Conheça as doenças apresentadas na série Guardiões da Saúde

Leishmaniose é uma doença grave. De Norte a Sul do Brasil ela destrói o ser humano e é de difícil diagnóstico. A doença é provocada por protozoário, que utiliza os animais para garantirem reservatórios repletos de parasitas. Nas cidades, há dois animais importantes como reservatórios: os ratos, tão abundantes quanto a população; e os cachorrinhos, a quem dedicamos sentimentos profundos, portanto, de difícil decisão quanto ao seu controle.

Malária - É uma das doenças tropicais que mais matam em todo o mundo, segundo dados da OMS - Organização Mundial da Saúde. É provocada por um protozoário chamado Plasmodium, que ataca o fígado e o sangue. Os vetores da malária são os Anopheles, popularmente mosquitos chamados de bicudo, muriçoca, mosquito-prego, carapanã, pernilongo e sovela. A doença é conhecida por febre palustre, febre intermitente, febre terçã benigna, febre terçã maligna, paludismo, impaludismo, por nomes populares, como maleita, tremedeira, batedeira, sezão ou só por febre. Ela tornou-se pandemia, com mais de 100 países com malária endêmica – e tenha certeza: a doença pode se apresentar de gravidades diferentes, a mais perigosa é a cerebral, que leva 8 a cada 10 vítimas à morte.

Oncocercose - No Norte do Brasil, não há como ignorar a oncocercose, transmitida por inseto (mosquito) e que causa na população especialmente indígena o maior índice de cegueira por doenças de contaminação em nosso País e no mundo. Fica camuflada em nosso organismo de 3 a 10 anos. Quando os sintomas se manifestam, o caso já está praticamente perdido, com perda da visão por invasão e morte de microfilárias na região ocular ou pelo comprometimento do cristalino e da córnea. Também são vítimas dessa doença os trabalhadores das matas, nas proximidades de quedas d’água, pois as fêmeas do inseto preferem ambiente oxigenado, necessário para a reprodução. Os trabalhadores eventuais, ao retornarem para sua região contaminados, terão dificuldade de diagnóstico.

Elefantíase - É uma manifestação decorrente da filariose linfática. Apesar de tratável, a filariose linfática é endêmica em mais de 80 países. No Brasil, a filariose é endêmica em Belém, Manaus e Recife. Nesses locais, a saúde pública, com o apoio da Organização Mundial da Saúde, tem desenvolvido campanhas para a erradicação da doença. No entanto, seu diagnóstico difícil, pelas artimanhas das filárias, que só aparecem no sangue periférico de madrugada, complicam a definição da doença. Trabalhadores eventuais terão dificuldade de diagnóstico.

Dengue - Ainda é um dos principais problemas de saúde pública no mundo. A Organização Mundial da Saúde - OMS - estima que 600 milhões de pessoas se infectem com a doença, em 2020, em mais de 100 países. Muitos doentes precisam ir pro hospital e milhares morrem todos os anos por causa da dengue. O vetor da dengue são os mosquitos do gênero Aedes, sendo o mais famoso o aegypti, mas o Aedes albopictus também pode transmiti-la. Os Aedes transmitem muitas outras doenças graves. Cientistas criaram mosquitos transgênicos que creem que vão combater a dengue. Outra forma de controle é a vacina, ainda muito limitada e disponível apenas em laboratórios particulares. Até que haja controle da doença, seja por meio de vacinas, seja pela alteração dos mosquitos, é necessário tratar os infectados e manter a população informada sobre as medidas de precaução contra a dengue e as outras doenças disseminadas pelo mesmo vetor, como a zika e chikungunya.

Febre amarela - É uma doença muito preocupante, por dois motivos:

1) pode ser passada pelo Aedes aegypti, o mesmo mosquito da dengue, que está disseminado pelo Brasil; e

2) porque pelo menos a metade das pessoas que pegam a forma grave da doença morre.

É uma zoonose, porque é uma doença de animais silvestres, como os macacos, saguis e coalas. No ser humano, a doença é acidental, quando sofre a picada do mosquito transmissor em áreas silvestres, como regiões de cerrado e de florestas. É uma doença infecciosa febril aguda, com até 12 dias de duração e de gravidade variável. O vírus amarílico ataca o fígado e os rins, podendo levar à morte. Ela apresenta-se sob a forma de febre amarela urbana - FAU; e de febre amarela silvestre - FAS. Elas diferenciam-se pela região onde aparecem, pela espécie do vetor e pelo tipo de hospedeiro.

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