Dupla de PMs suspeita de extorquir motorista pode ser expulsa da corporação

Dois policiais militares do Batalhão de Policiamento em Vias Especiais (BPVE) serão submetidos ao Conselho de Disciplina da corporação, que podem levá-los a expulsão, acusados de tentarem extorquir um motorista de caminhão.

Segundo publicação no Boletim Interno da PMERJ do dia 31 de janeiro deste ano, o fato ocorreu no último dia 20 de setembro na pista desativada da Rodovia Presidente Dutra, sentido Rio de Janeiro, próximo da Avenida Brasil.

Na ocasião, o condutor informou a agentes correcionais da PM que uma equipe de policiais havia solicitado R$ 2 mil para que não fosse lavrada a infração contra ele nem tivesse o veículo apreendido devido ao para-brisa trincado.

Diante dos fatos, os PMs acusados foram conduzidos para a sede da 2ª DPJM (Delegacia de Polícia Judiciária Militar), órgão vinculado à Corregedoria,  onde foi dada voz de prisão.

Em outra publicação do boletim interno, de 23 de janeiro, foi informado o afastamento dos quadros da PMERJ de três PMs, sendo dois do 40º BPM (Campo Grande) e um do 20º BPM (Mesquita) que foram acusados de extorquir um filho de um militar da FAB por estar com o licenciamento anual do veículo atrasado e com objetos suspeitos no carro.

Segundo a informação do boletim, o fato ocorreu no dia 31 de janeiro de 2017. o rapaz ao 
transitar pela saída da Linha Vermelha, em direção à Avenida Brasil, depois da Ilha do Governador, foi abordado por quatro PMs em uma blitz.

Ao constatarem irregularidades na documentação do veículo bem como objetos como um facão, uma algema de pulso, um radiotransmissor, 11 munições calibre 38, um simulacro de revólver, entre outros, os policiais começaram a dizer que o rapaz era miliciano ou filho de miliciano.

Os PMs exigirem a quantia de R$ 1.000,00 para liberá-lo. O homem disse que não tinha o dinheiro e que iria em casa buscá-lo mas os suspeitos falaram para ele deixar o material com a equipe. Os policiais, então, teriam lhe ameaçado afirmando que caso ele não voltasse ou aparecesse com outra pessoa o matariam ou colocariam drogas ou outros ilícitos no veiculo a fim de “embuchá-lo”.

O rapaz ligou para uma tia, que era PM, contou sobre o ocorrido e essa parente comunicou o fato a um oficial, que foi até o local combinado pelo sobrinho com os PMs suspeitos para a entrega do dinheiro para fazer o flagrante.

Um quarto PM envolvido não foi afastado mas responde ao processo na Justiça.