O Tribunal do Júri da capital da Justiça do Rio condenou a 225 anos de reclusão em regime inicialmente fechado o traficante Luiz Carlos Santino da Rocha, um dos acusados de derrubar a tiros um helicóptero da Polícia Militar no Morro dos Macacos, em Vila Isabel, na Zona Norte do Rio.
A derrubada do aparelho aconteceu em outubro de 2009, durante um confronto entre traficantes e a polícia, e resultou na morte de três PMs e ferimentos em outros cinco.
Fabiano Atanásio da Silva, o FB e Magno Fernando Soeiro Tatagiba de Souza, o Magno da Mangueira, que também seriam julgados na última quinta-feira, dia 7, tiveram o julgamento adiado, assim como Leandro Domingos Berçot, que teve o processo desmembrado.
A aeronave, que era tripulada por seis agentes, foi atingida por pelo menos oito disparos de traficantes enquanto sobrevoava o Morro São João, no Engenho Novo, causando a sua queda e a morte dos agentes Marcos Stadler Macedo e Edney Canazaro de Oliveira. Dois dias depois, o cabo Izo Gomes Patrício, que teve 80% do corpo queimado após a queda do helicóptero, não resistiu aos ferimentos e também morreu.
No momento do ataque, equipes da PM tentavam acabar com uma guerra entre bandidos do Morro São João e do Morro dos Macacos, em Vila Isabel, que havia começado na madrugada daquele mesmo dia.
Atingida em uma das pás, a aeronave, que tinha blindagem apenas parcial, caiu em um campo de futebol na Vila Olímpica do Sampaio e explodiu, matando na hora Marcos Sandler e Edney Canazaro.
Apesar da tragédia, três policiais que estavam dentro do veiculo no momento do ataque dos traficantes conseguiram sobreviver: Marcelo Vaz de Souza, que pilotava o helicóptero, Anderson Fernandes dos Santos e Marcelo de Carvalho Mendes.