Inaugurado em 23 de junho de 2012, o Parque Madureira Mestre Monarco é um dos projetos urbanísticos mais bem sucedidos da história recente do Brasil, tornando-se um ícone de lazer, diversão, cultura e serviços na Zona Norte do Rio de Janeiro. Nos fins de semana normais, o parque recebe, em média, de 10 mil a 15 mil pessoas. Em dias de evento, o público chega a 35 mil. Com 3.900 metros de extensão, ele é o terceiro maior parque da cidade, atrás apenas do Aterro do Flamengo e da Quinta da Boa Vista. O parque atravessa os bairros de Madureira, Turiaçu, Rocha Miranda, Honório Gurgel e Guadalupe.
Prestes a completar 11 anos, o Parque Madureira é repleto de atrações para os moradores da região e para a população da cidade do Rio. A Nave do Conhecimento Silas de Oliveira oferece gratuitamente cursos na área de tecnologia, além de oficinas, palestras e visitas virtuais aos frequentadores. O acesso à internet banda larga é gratuito no local.
A Casa de Convivência Clara Nunes oferece atividades gratuitas, como yoga, dança de salão e pilates para os idosos a partir de 60 anos, com o objetivo de gerar impacto direto na promoção da saúde física, mental e emocional dos frequentadores.
Enfeitada pelos símbolos do Império Serrano e da Portela, tradicionais agremiações de Madureira, a Praça do Samba é um espaço com palco, concha acústica e arquibancadas para a realização de shows e apresentações culturais. Os lagos e cascatas artificiais atraem os frequentadores, principalmente em dias de calor na cidade. O parque ainda conta com quadras poliesportivas, pistas de street skate e brinquedos num parquinho.
– O Parque Madureira é um recanto no meio da confusão que é uma grande cidade. Porque ali a gente se acalma, relaxa e se diverte. É um cantinho para recuperar as energias. É uma ótima opção, tem um tremendo visual, locais para mantermos a forma e, de vez em quando, rola um showzinho. Nos espaços para prática de esportes é como se estivéssemos num clube sem ter de pagar – declarou o comerciário André Zube, de 36 anos.
A Secretaria Municipal de Ambiente e Clima, por meio do programa Hortas Cariocas, tem a meta de fazer no parque a maior horta urbana do mundo, com um total de 10 hectares. Em agosto de 2020, o Hortas Cariocas foi reconhecido como uma das ações essenciais para alcançar os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.
O Parque Madureira tem diversas opções de alimentação para seus visitantes. Uma delas é o Quiosque Moïse, idealizado numa parceria entre a Prefeitura do Rio e a Orla Rio em homenagem à família Kabagambe. O espaço de 154 metros quadrados e capacidade para 60 lugares foi inaugurado no dia 30 de junho do ano passado, data de aniversário de 62 anos da independência do Congo. O cardápio é inspirado nos pratos típicos do país africano, e o quiosque abriga um memorial para celebrar a cultura africana. Moïse Kabagambe, de 24 anos, foi morto no fim de janeiro do ano passado no quiosque em que trabalhava, na Praia da Barra da Tijuca.
– É um ótimo lugar para levar as crianças, uma ótima opção para nossos filhos se divertirem. Quase todo dia, no fim da tarde, vou com meus filhos no Parque Madureira. Moro pertinho, é quase um parque do quintal da minha casa. Meu filho mais velho já me pediu um skate de presente para usar na pista que tem lá – disse a manicure Luiza Souza, de 32 anos.
Homenagem
Em dezembro de 2021, a Prefeitura do Rio inaugurou a placa que deu o nome do sambista Monarco ao Parque Madureira. Confeccionada pela Secretaria de Conservação, a placa traz não apenas o nome Parque Madureira Mestre Monarco, mas também informações sobre esse ícone da música brasileira, baluarte da Portela e autor de diversos clássicos do samba. Hildemar Diniz, verdadeiro nome do sambista, faleceu no dia 11 de dezembro de 2021, aos 88 anos.