Economista dá cinco dicas sobre empréstimo empresarial para novas empresas

Você, empreendedor, sabe como funcionam os empréstimos para empresas, tendo em vista os novos cenários e formatos de negócios, como o home office? Sérgio Tavares, Diretor da STavares Consultoria Financeira, com MBA em Gestão Econômica e Financeira de Empresas pela FGV (RJ); tira dúvidas e dá dicas para quem pretende investir no seu empreendimento.

 

Uma empresa deve captar recursos no mercado quando pretende expandir os seus negócios e não tem capital suficiente para fazer este tipo de investimento. É recomendável que isso seja feito após um estudo de viabilidade econômica que comprove que as receitas a serem obtidas com este investimento serão suficientes para arcar com todos os custos do empréstimo, além de gerar lucro para a empresa nos próximos anos.

 

Para obter a liberação de um empréstimo junto à uma instituição financeira, a empresa em questão precisa ter um bom relacionamento com ela, de preferência, já ter produtos e serviços contratados previamente com o banco, além de possuir um bom rating de avaliação, no que diz respeito a classificação da empresa junto à área de crédito do banco. Para adquirir um bom rating, a empresa precisa ter um baixo índice de inadimplência em sua carteira de clientes, um volume de faturamento mensal satisfatório nos últimos 12 meses e demonstrações financeiras que comprovem que a empresa possui saúde financeira e garantia da continuidade dos seus negócios no longo prazo.  

 

Empresas que atuam no sistema de home office e não têm um relacionamento estreito com alguma instituição podem buscar financeiras ou bancos de menor porte, mas precisam investir na criação de uma boa área de controladoria que possibilite gerar para a empresa demonstrações financeiras confiáveis e indicadores financeiros interessantes a possíveis investidores, que podem se interessar pelo projeto da empresa e decidir aportar recursos para o seu crescimento.

 

Se for relacionada à violação de dados e/ou informação, uma empresa deve sempre estar resguardada a estes tipos de risco, através da contratação de seguros que podem proteger a sua estrutura física e sua fonte de dados. Assim, nenhuma informação sigilosa será entregue para terceiros sem autorização, evitando prejuízos à evolução da empresa. Em relação a violação de termos do contrato de empréstimo, uma empresa deve se proteger através da assessoria de um bom escritório de advocacia, que inclua cláusulas que a protejam deste tipo de risco.

 

Bancos públicos, como Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, oferecem taxas mais competitivas do que os comerciais. Mas, como dito anteriormente, a empresa interessada no empréstimo precisa ter um bom relacionamento com estas instituições, um bom rating e dados financeiros positivos. Além de cotar as condições de todos os bancos disponíveis, também é importante verificar quais deles solicitam garantias para rodar a operação, como aplicações financeiras, reserva de uma parte de recebimentos da empresa, etc. Quanto menos garantias e menor a taxa a ser cobrada pelo empréstimo, melhor para a empresa.