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Defensoria acompanha situação dos moradores de rua durante as chuvas

Instituição estima que 15 mil pessoas estão em situação de rua no município do Rio

Por Claudio Rangel em 12/02/2019 às 18:43:30

População de rua é vulnerável diante da tempestade. Foto: Divulgação/Facebook Defensoria Pública do Estado

A Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro estima que a capital fluminense tenha cerca de 15 mil pessoas vivendo em condições de rua. Esta população, cada vez mais crescente, se torna vulnerável em condições climáticas desfavoráveis como as previstas para a noite de terça-feira e está sendo acompanhada de perto pelo órgão.


De acordo com a defensora pública Carla Beatriz, hoje veremos as consequências do atraso da implantação da Política Nacional para a População em Situação de Rua, previstas no decreto 7.053 de 2009, do então presidente Lula, e deixadas de lado por antigos governos municipais. Carla promove desde 2018 a Ronda de Direitos Humanos que tem o objetivo de prevenir violações de Direitos Humano contra a população em situação de rua por agentes públicos.

Ela diz que cabe à prefeitura realizar as ações de proteção de toda a população em casos como os provocados por tempestades, inclusive dos moradores de rua:

"Em razão do atraso na implantação das políticas públicas por parte dos governos anteriores, vamos sofrer as consequências", disse, acrescentando que, se o decreto fosse executado, o número de moradores de rua seria bem menor.

Carla Beatriz revela que existem muitas pesquisas de mestrado e doutorado que tentam identificar os motivos que levam as pessoas a morarem nas ruas. Para ela, as principais causas envolvem problemas familiares:

"A grande causa é a disfunção familiar. São os revezes de pessoas muito sensíveis", disse.

Planos para enfrentar a chuva

Sem tocar na população que mora nas ruas, a prefeitura do Rio elaborou um plano que suspende o expediente das escolas da rede municipal e promove o fechamento prévio de vias com risco de deslizamento.

"Peço aos moradores do Rio que tenham cuidado com as suas vidas. Não arrisquem suas vidas. A Prefeitura está com todos os seus órgãos de plantão, vamos saber exatamente onde serão os epicentros da crise, vamos nos mobilizar com mais forças para esses pontos. Mas as pessoas precisam fazer a si mesmas uma pergunta: "Onde estou morando é seguro?" Quem mora em áreas de risco maior, com encosta muito inclinada ou em pontos de curso de água, precisa se afastar desses locais e buscar abrigos seguros. As pessoas estão sendo avisadas com antecedência. Nada substitui a prudência", disse o prefeito.

Outra recomendação da prefeitura é para que a população deixe de colocar lixo na rua nesta quarta-feira. Segundo Crivella, desde a chuva forte de semana passada, a Comlurb retirou dez mil toneladas de lixo das ruas. Para o prefeito, o município está preparado:

"Estamos preparados para a chuva, mas não ponham lixo nas calçadas ou nas ruas nesta quarta-feira. Não coloquem lixo nas encostas ou nos canais. É uma maneira de a gente evitar tragédias", destacou.

Vias fechadas

A prefeitura recomendou o adiamento da partida entre Vasco e Resende marcada para a noite de quarta-feira, no Maracanã. Sugere o uso do transporte público pela população que precisar se deslocar. A Avenida Niemeyer permanece fechada e não está descartado o fechamento da Estrada Grajaú-Jacrepaguá e o Alto da Boa Vista.

A mobilização da prefeitura envolve mais de dez mil homens de todos os órgãos municipais envolvidos. Não haverá troca de turno. Quanto aos cidadãos que porventura fiquem ilhados, a Guarda Municipal está programada para o uso de vans para auxiliá-los.


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