Cinco meses depois de entrar na investigação sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, a Polícia Federal chegou ao nome do ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, preso nesta segunda-feira (24), a partir de uma delação premiada.Preso em uma penitenciária federal, o ex-policial militar Élcio de Queiroz entrou em acordo de delação com a justiça e confirmou a própria participação e a de Maxwell, no crime, há mais de cinco anos sem solução.
O ministro da Justiça, Flávio Dino, a delação ocorreu há cerca de 20 dias. E as informações foram confirmadas pela polícia. Dino informou ainda que a Operação Élpis, de segunda-feira, vai trazer elementos para outras operações, nas próximas semanas. Mas ele afirmou que agora muda o patamar, para ir atrás de descobrir quem mandou matar Marielle.
Flávio Dino está certo de que há mais pessoas envolvidas nos assassinatos. Quanto à motivação, o ministro não descarta a atuação das milícias e facções criminosas, no Rio de Janeiro.
Ouça no podcast do Eu, Rio! a reportagem da Rádio Nacional sobre os avanços nas investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista do mandato, Anderson Gomes.
O caso Marielle passou a ser investigado pela Polícia Federal, junto com a Polícia Penal Federal, Ministério Público do Rio de Janeiro, em fevereiro deste ano. Élcio de Queiroz e Ronnie Lessa continuam presos em penitenciária federal.
Segundo as investigações, o sargento reformado da Polícia Militar Ronnie Lessa estava no carro que seguiu o da vereadora Marielle Franco, em março de 2018. O carro era dirigido pelo ex-PM Élcio de Queiroz e Lessa teria atirado, pelo menos, 13 vezes contra o grupo da vereadora, no carro. Marielle foi alvejada na cabeça e Anderson levou três tiros nas costas. A assessora da vereadora, Fernanda Chaves, que também estava no veículo, foi a única sobrevivente.
Fonte: Agência Brasil e Radioagência Nacional