Existe uma grande fila para atendimento psicológico no estado do RJ, principalmente a população de baixo poder aquisitivo. Com isso, a UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) realiza um projeto com estes pacientes através do SPA (Serviço de Psicologia Aplicada) e no CAPS (Centro de Atenção Psicossocial).
A psicóloga Camila Kurdian, ex-aluna da instituição, realiza em seu consultório este atendimento social, na Tijuca. Ao iniciar seu exercício profissional, decidiu também essa prestação de serviço à população carente, que tem demanda elevada.
“Quando me formei e comecei em minha própria clínica, já vinha com esse olhar de uma possível clínica mais ampliada, mais acessível à população”, disse Camila, especializada em Gestalt-terapia.
Em seu período trabalhando no SPA, observou os problemas que rondam os Universitários: a angústia de greves, ansiedades de matérias e trabalhos, a preocupação com a segurança do Campus da Faculdade, o ambiente de violência do Rio.
Segundo Camila a ansiedade é a questão que mais tem sido levada ao consultório, e de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde) o Brasil é o país mais ansioso da América Latina. Generalizar esse “fantasma” é que precisamos avaliar, já que a ansiedade é só um sintoma, ela não diz nada da pessoa, em primeiro plano.
”Ter ansiedade não é disfuncional, o ser humano precisa de um grau de ansiedade para viver, para fazer planos e prever situações que podem dar errado. O problema é quando deixamos que ela toma conta de nós de forma disfuncional, pois seu nível exagerado pode desencadear pânico e depressão”, enumera a psicóloga.
Crianças e adolescentes também são atendidos por Camila. Os pais muitas vezes visualizam anúncios nas suas redes sociais da psicóloga sobre outras atividades desenvolvidas voltadas para toda a família com preços populares. Workshop para e pais e os filhos, Terapia social para crianças e adultos, Terapia em grupo e hipnoterapia, além dos vídeos com temáticas ligadas a psicologia que compartilha em suas redes, funcionando como mais uma ferramenta de auxilio, orientação e esclarecimento.
“Me sinto confortável para falar coisas que precisavam ser ditas e chorar lágrimas que precisavam ser choradas. Tive poucas sessões até agora, tenho melhorado meu autoconhecimento a cada dia”, expressou um paciente que pediu anonimato.
A psicóloga Gisele Rodrigues afirma que atendimento social encurta as distâncias entre qualidade de vida e a falta de dinheiro.
“Ter acesso a uma terapia com um preço que cabe no orçamento é sentir-se respeitada. A situação dos estudantes universitários em nosso país é de muita pressão, cobrança e a uma crescente desvalorização do jovem cientista, com uma bolsa defasada da realidade econômica”, relatou.
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