Policiais militares que eram para estar em suas casas desde a noite deste domingo (24) continuam trabalhando. Após retirar das ruas 22 criminosos - 14 acusados por furtos e outros oito por roubos praticados durante blocos de carnaval em Ipanema e São Conrado, na Zona Sul do Rio - eles permanecem na Central de Flagrantes que funciona na 12ªDP (Copacabana) aguardando para realizar o registro de ocorrência.
Uma equipe do batalhão Rondas Especiais e Controle de Multidões (RECoM) que foi para a distrital às 16h45 só começou a ser ouvida às 8h desta segunda-feira, dia 25 - após 15 horas.
Além da espera para começar a registrar as ocorrências inclusive depois do término de seus serviços, ainda permaneceram fora das ruas enquanto podiam estar reforçando o policiamento.
Policiais do 23°BPM (Leblon) e agentes da Guarda Municipal do Rio também continuam aguardando e ainda precisam convencer as vítimas a não irem embora, pois sem o reconhecimento delas, os presos serão liberados.
"Isso é um absurdo. Como a Polícia Militar reforça seu efetivo e o mesmo não é feito na Polícia Civil? Não já sabem que o volume de ocorrências nessa época do ano aumenta bastante? É muito descaso. Com as vítimas e também com os PMs", desabafou a estudante Josiane de Souza, 25 anos.
Policiais civis também denunciam que estão trabalhando sem condições, pois desde que a Central de Garantias - que funcionava na Cidade da Polícia - foi extinta, as distritais que passaram a funcionar como Central de Flagrantes não receberam reforço no efetivo.