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Policia prende oito em operação contra milícia que extorque motoristas do transporte alternativo

O grupo atua nos bairros de Bangu, Sepetiba, Santa Cruz, Campo Grande e adjacências

Por Mario Hugo Monken em 27/02/2019 às 12:56:34

Foto: Divulgação PCERJ

Oito pessoas foram presas até o momento nesta quarta-feira (27) durante uma operação da Polícia Civil contra uma organização criminosa (milícia) especializada na extorsão a motoristas de transporte alternativo. O grupo atua nos bairros de Bangu, Sepetiba, Santa Cruz, Campo Grande e adjacências, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

De acordo com o delegado Alexandre Herdy, tirular da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), durante as investigações ficou comprovada a obrigatoriedade do pagamento semanal do valor imposto pela organização aos motoristas de transporte alternativo que trabalhavam nos pontos explorados pelos criminosos. Dessa forma, aqueles que não pagassem o valor imposto, eram proibidos de circular nas referidas linhas de transporte alternativo.

Ainda segundo o delegado, a apuração mostrou que os motoristas que praticavam qualquer espécie de irregularidade ou atraso nos pagamentos eram punidos e obrigados a doar cestas básicas. Além disso, eles eram impedidos de trabalhar enquanto a cobrança não fosse paga.

Um dos presos na ação é Rogério Frazão Ribeiro, bombeiro militar, que passou a ser investigado após ajudar na fuga de um dos membros da organização, durante operação da Polícia Civil, em 2018. Na ocasião, Lenilson Barros Soares conseguiu fugir, deixando para trás um fuzil calibre 7.62, colete balístico similar ao utilizado pela policia, calças e coturnos de uso militar, além de carregadores de pistola, munição, e um veiculo clonado. Lenilson foi preso, posteriormente, na posse de uma pistola Glock, calibre .40, com numeração identificadora raspada e adaptada com “Kit rajada”, além de três carregadores, e trinta munições calibre .40.

Outro preso na operação foi Renato Alves de Santana, conhecido como Fofo ou 2F. Ele é apontado como uma das lideranças da organização criminosa, e atua principalmente na comunidade do Campinho, em Campo Grande. Ele foi preso em Paciência, na localidade conhecida como Sete de Abril.

Dos oito presos, cinco foram em cumprimento a mandado de prisão preventiva e três em flagrante pelos crimes de posse de arma de fogo e organização criminosa. Foram apreendidas ainda duas armas de fogo, rádios comunicadores, telefones celulares, anotações relacionadas às atividades da organização e um veiculo.

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