Não é novidade que a matemática ainda é considerada como vilã de grande parte dos estudantes, mas o que pouco se fala é sobre o desafio das mães em colaborar para que seus filhos possam aprender a matéria sem traumas. A boa notícia é que existe método pedagógico capaz de mostrar o quanto a matemática pode ser divertida e prazerosa. Você que é mãe deve acreditar que sim. Quem garante é a professora Márcia Queiroz, fundadora da Casa da MatemáticaRJ, formada pela UFF e docente por 26 anos na Faetec.
A professora planeja aulas de matemática que vão além da sala de aula e do quadro negro. Márcia Queiroz levou a leveza para a matemática. Uma das pioneiras no ensino lúdico, ela iniciou a pesquisa desta pedagogia diferenciada em 1996. O propósito da professora é desmistificar o bicho papão que muitos dizem ser a matemática. A docente ensina a disciplina pelo caminho da prática, da criatividade, dos jogos, estimulando a interação na solução dos exercícios.
Quem não sabe o que é estresse há um ano quanto ao aprendizado do filho em matemática é a mãe do estudante do 9° ano do Ensino Fundamental Vinícius Fernandes, 14 anos, Elisângela Fernandes. Segundo ela, faz um ano que a professora Márcia Queiroz e sua equipe iniciaram o planejamento de reforço escolar em matemática para o Vinícius. "Assim, vimos o crescimento gradativo no aprendizado do meu filho. Para quem dizia não gostar de matemática, hoje em dia, a confiança em falar sobre o assunto é visível. A pedagogia aplicada na Casa da MatemáticaRJ é grandiosa, porque faz o aluno e os pais acreditarem que todos são capazes de aprender a matéria", afirma Elisângela.
A pedagogia da professora Márcia Queiroz tem como objetivo aproximar a matemática dos estudantes e da sociedade. Ela apresenta a disciplina de modo lúdico e acessível a todos. Com um rico acervo, Queiroz apresenta um conjunto de atividades voltadas para o desenvolvimento do raciocínio e que desmistificam o bicho papão que muitos julgam ser a matemática.
O aluno do 6° ano do Ensino Fundamental da rede pública de ensino de Niterói, Davi Costa Araújo, 11 anos, encontrou apoio, acolhimento e evolução com o método pedagógico da Casa da Matemática. A mãe dele, Deise da Silva Costa, conta que Davi Costa chegou, na instituição, muito tímido, com dificuldade para interagir com outras crianças, com dificuldade para se concentrar e autoestima baixa. "Hoje, o Davi é muito alegre, pois melhorou muito a concentração e consegue interagir com outras crianças. Inclusive, ele fica muito feliz nos dias das aulas na Casa da Matemática", destaca Deise da Silva.
Queiroz conta que a ideia é fazer com que o estudante tenha a percepção de que o estudo da matéria tem importância e significado práticos, que vão além das fórmulas e regras. Com a aplicação de ferramentas lúdicas, ela mostra o uso da matemática para solução de problemas do dia a dia. "Os alunos têm a oportunidade de trabalhar de forma pedagógica e divertida com coleção de cubos de Rubik - cubos mágicos - como o maior e o menor do mundo, cubo Soma - tetris - gigante, torre de hanói de 14 discos, triminós de níveis fácil, médio e difícil, Tangram gigante, jogo da velha 3D", enumera Márcia Queiroz.
Há relatos de mães que afirmam que os filhos não suportavam a matemática, mas depois que passaram a receber a orientação dos professores da Casa da MatemáticaRJ, a matéria deixou de ser problema. A pedagogia aplicada despertou o interesse e resultou em boas notas na escola. São várias atividades desenvolvidas na instituição que fica, em Piratininga, Niterói. Entre elas, apoio escolar em matemática e física, preparatório com foco em matemática para concursos, aulas de desenho e pintura, xadrez, aulas de robótica educacional, oficinas, palestras, exposições e formação continuada para professores que ensinam matemática.