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UFRJ apresenta resultado de projeto para tornar mais atraentes produtos com indicação geográfica

Estudantes aprendem ao mesmo tempo em que ajudam pequenos negócios

Por Portal Eu, Rio! em 20/09/2023 às 20:23:43

Foto: Divulgação

Nem sempre os estudantes de graduação têm ideia de como é importante proteger suas descobertas e invenções. Para capacitar alunos da UFRJ a entenderem o que é e como funciona a proteção intelectual de ativos, a Inova UFRJ, com patrocínio da Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI/WIPO), o apoio do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), que ajudou com a mobilização dos produtores e na formulação técnica do projetos, e o apoio do Parque Tecnológico da UFRJ e do Japan Patent Office (JPO), desenvolveu um projeto em que os estudantes aprendem ao mesmo tempo em que ajudam pequenos negócios.

Durante cinco meses, 25 alunos viajaram pelas diferentes regiões do Brasil para desenvolver soluções de identidade visual e design de embalagens para associações de produtores rurais certificados com o registro de Indicação Geográfica, selo que garante que o produto só existe em determinado lugar. O resultado do trabalho coletivo vai ser apresentado na próximaterça-feira(26), na Inovateca, no Parque Tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro, das 9h às 16h30.

Foram cinco as associações contempladas, segundo o professor da Escola de Belas Artes Clorisval Pereira, coordenador do projeto. Vão ganhar soluções personalizadas os produtores das rendas de agulha de lacê feitas em Divina Pastora, em Sergipe; do açafrão de Mara Rosa, em Goiás; do guaraná de Maués, no Amazonas; do café produzido nas Matas de Minas, em Minas Gerais e do socol, um embutido de carne suína de Venda Nova do Imigrante, no Espírito Santo.

”A intenção era ajudar os produtores, trabalhar em parceria para abrir o campo de visão deles e dos estudantes, oferecendo várias possibilidades e mostrando como o design poderia ajudá-los a tornar os produtos mais atraentes e vendáves”, afirma o professor.

No encontro, os produtores vão ver pela primeira vez as soluções elaboradas pelos alunos dos cursos de Comunicação Visual, Design, Design de Produto, Artes Visuais, Arquitetura e Engenharia de Produção e irão debater formas de implementação, debater possíveis ajustes e conversar sobre planos de viabilidade.

“Vamos discutir as possibilidades. Existe alguma gráfica lá no Amazonas que pode desenvolver a embalagem que foi criada? Como podemos realizar o projeto proposto? Essas questões vão ser levantadas durante o encontro, no qual pretendemos fomentar a formação de novos grupos de alunos com novos produtores”, destaca Clorisval.

De acordo com o professor, a iniciativa conectou o ensino e a academia à sociedade e ao setor produtivo. Ele acredita que os produtos ficarão mais valorizados a partir da proteção e do reconhecimento da marca do produtor e da região, impulsionando o turismo e permitindo acesso a novos mercados. Os estudantes também ganharam com a experiência.

“Para os alunos, é enriquecedor, eles saem do teórico, da sala de aula e têm um caso real para trabalhar, com especificações reais”, diz Clorisval.

Programa já aconteceu também no Chile

O mesmo projeto de capacitação de estudantes já aconteceu no Chile, onde foram desenvolvidas soluções para pequenos produtores que vendiam na beira de estradas principalmente doces feitos com frutos locais. Os alunos da Pontifícia Universidad Católica de Chile, em Santiago, contaram também com o patrocínio do OMPI para desenvolver uma máquina e um aplicativo que oferecem os alimentos em postos selecionados, com pagamento automático, expandindo as vendas e a fama dos produtos. Para isso, eles chegaram a adaptar o tamanho dos doces e construir recipientes novos, que coubessem nas máquinas.





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