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Lobos de Chernobyl podem espalhar radioatividade pela Europa

Por Kaio Serra em 04/07/2018 às 11:09:56

Divulgação

Os lobos cinzentos da “Zona Proibida”, uma área ao redor do reator nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, estão vagando pelo resto do continente europeu. É o que diz a renomada revista eletrônica Live Science, que alerta para a possibilidade de que esses animais possam espalhar genes mutantes e radioatividade em seus corpos.

Em 2014 as equipes de monitoramento ambiental da área comemoraram o retorno e desenvolvimento dos lobos cinzentos. A alta na população desses animais não é devido a qualquer superpotência mutante, mas porque a zona radioativa agora age como uma reserva de vida selvagem, acrescentaram os pesquisadores.

“Os lobos cinzentos floresceram especialmente na zona de exclusão, com sua densidade populacional dentro da zona estimada em até sete vezes maior do que nas reservas vizinhas", disse o autor do estudo, o ecologista da Universidade do Missouri, nos Estados Unidos, Michael Byrne.

Os pesquisadores monitoraram 13 lobos adultos, com mais de 2 anos de idade, e um jovem com cerca de 1 ano e meio de idade. Eles perceberam que enquanto os lobos mais velhos ficam dentro da “Zona Proibida”, o lobo mais novo andou por 21 dias fora dessa região, atingindo uma distância de 300 km da zona de exclusão.

Devido a um mau funcionamento na coleira de GPS utilizada para monitorar o, os pesquisadores não puderam determinar se o animal acabou voltando para a zona de exclusão ou se permaneceu do lado de fora permanentemente.

A questão levantada pelos resultados do estudo é "se os animais nascidos na zona estão trazendo consigo as mutações ao se deslocarem para outros lugares", afirma o cientista.

Apesar de ser uma "área interessante para o futuro estudo", Byrne afirmou que ele e seus colegas ainda não têm evidências para provar a hipótese.

O desastre de Chernobyl aconteceu no dia 26 de abril de 1986, na extinta República Soviética da Ucrânia, país da União Soviética. Uma explosão e um incêndio lançaram grandes quantidades de partículas radioativas na atmosfera, que se espalhou por boa parte da própria União Soviética e da Europa Ocidental.

O desastre é o pior acidente nuclear da história em termos de custo e de mortes resultantes. A batalha para conter a contaminação radioativa e evitar uma catástrofe maior envolveu mais de 500 mil trabalhadores e um custo estimado de 18 bilhões de rublos soviéticos.

Durante o acidente em si, 31 pessoas morreram e efeitos a longo prazo, como câncer e deformidades ainda estão sendo contabilizados até os dias de hoje.

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