Yes, nós temos bananas! Ainda chuviscando, a Acadêmicos da Rocinha chegou na avenida pisando firme contra o preconceito racial. A voz firme de Cigareney, ex-Mangueira, ecoou no sambódromo com intenção de mostrar que o racismo ainda existe na sociedade. A Comissão de Frente, que lembrava a evolução de Charles Darwin, trouxe a frase “somos resistência”, bastante utilizada por movimentos socais. A musa Shayenne Cezário, vestida de "Primitiva", deu show de graça.
O carro abre-las, “Planeta Primata”, fez sucesso com uma águia representando o samba, que diz: “Voa liberdade/meu povo quer igualdade, respeito”. Macacos realizavam atividades que mostravam as raízes primatas e que os atos racistas que acontecem na sociedade não demonstram a evolução humana. A bateria de mestre Augusto Santana desfilou com as cores da escola: verde, azul e branco.
Mestre Sala e Porta-Bandeira Vinícius Jesus e Viviane Oliveira, fantasiados de banana e macaco, deram um show de dança. O desfile fechou com o quarto carro alegórico, “Vidas Negras, Vivência Urbana”, demonstrando ações antirracistas das ruas, praças, escolas, trabalho e ambiente virtual, sobretudo nas favelas, verdadeiras senzalas urbanas ou quilombos dos tempos modernos.