Neste domingo de carnaval (3), uma das principais atrações da Casa Bloco, no Centro do Rio, vai ser a Dona Onete. Diretamente do Pará, a "rainha do carimbo chamegado", se apresenta na Casa Bloco ao lado de Junú e a Terreirada Cearense, grupo do Rio de Janeiro.
A cantora se apresenta, às 21h, na Casa França-Brasil, que fica na Rua Visconde de Itaboraí, 78, Centro do Rio. Antes e depois do show, o som fica por conta do DJ Doni.
A cantora e compositora paraense ficou conhecida mundialmente a partir de turnês pelos Estados Unidos, Europa, América Latina e Ásia. Em 2018, lançou seu DVD "Flor da Lua" gravado em Belém e, atualmente, grava seu próximo CD, "Rebujo". Dona de uma voz rouca e de grande sensualidade, Dona Onete se tornou uma espécie de musa da nova geração da música paraense. Ela inventou o "carimbó chamegado", que tem o balanço do carimbó, mas "com um toque de pimenta".
"A música do Pará é cheia de misturas e comecei a compor essas músicas que falam de amor, com um ritmo mais lento e sensual. Foi assim que nasceu esse carimbó chamegado", diz Dona Onete, que tem canções gravadas por Daniela Mercury, Gaby Amarantos e Aíla, entre outros artistas.
Em 2016, Dona Onete lançou "Banzeiro" e se tornou referência para jovens músicos do Pará a partir de sucessos como "Feitiço Caboclo", "Proposta indecente", "Amor brejeiro", "Poder da sedução", "Moreno Morenado", "Feitiço Caboclo" e "Jamburana". Além de canções do seu segundo álbum lançado em 2018, como "É no sabor do beijo", "Tipití", "Rio das Flores" e "Banzeiro", que ficou dois meses no top da World Music Chartes Europe, e "No Meio do Pitiú" com mais de 8 milhões de visualizações no Youtube.
A música paraense é popular nos estados do norte e nordeste há muito tempo, mas ainda é menos conhecida na maioria das demais regiões do país. Dona Onete trata dos sons amazônicos que causam frenesi na cultura popular nacional. A música popular, divertida e sofisticada, produzida por Dona Onete e sua banda atrai tanto o público mais antenado, quanto os curiosos por novidades, já que muitos artistas vêm da periferia.