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Grande Rio critica maus hábitos da população na passarela do samba

Juliana Paes é destaque como rainha de bateria da agremiação

Por Edison Corrêa em 04/03/2019 às 01:53:54

Fotos: Ônibus da Grande Rio e Juliana Paes. Fotos: Ellan Lustosa

O carro abre-alas, “Vivendo e aprendendo a jogar”, frase mítica da canção “Aprendendo a jogar”, imortalizada na voz de Elis Regina, já dava o tom do desfile da Grande Rio. A escola de samba da Baixada Fluminense fez uma crítica aberta ao famoso “jeitinho brasileiro”, como forma de superar os maus hábitos e construir um mundo mais justo. A alegoria, no enredo “Quem nunca...? Que atire a primeira pedra”, mostrava um tabuleiro de xadrez que fazia alusão à vida, na qual, o povo – os jogadores – manipulam as peças de acordo com a ocasião. No verso, emojis traziam as emoções cotidianas. As “carinhas” também foram apresentadas na Comissão de Frente da escola, “Profeta On Line”, representando um Moisés conectado. O casal de mestre-sala e porta-bandeira, Daniel Werneck e Tatiana Couto, veio fantasiado como as peças “rei e rainha” do jogo.

No início do desfile, o primeiro carro alegórico já trazia um ônibus com o motorista “barbeiro” no trânsito, sendo que os passageiros eram jogados de um lado para outro do coletivo. No segundo setor, advertências e referências aos desrespeitos comuns no trânsito, como dirigir falando ao celular, as loucuras dos motoboys e a bebida em contraste com a direção. A segunda alegoria mostrava a perda total de um carro batido e a terceira, a mais interessante, denominada “Deu ruim na rede”, apresentou pessoas presas em redes, representando o mundo virtual. Pierrôs, arlequins, colombinas e até o bobo da corte apareceram na avenida simbolizando o anseio da renovação dos hábitos da população.


Com relação às celebridades, marca indelével da escola de Duque de Caxias, Juliana Paes foi, novamente, destaque como rainha de bateria esbanjando simpatia na avenida e cantando o samba da escola. Aliás, a bateria de Mestre Fabrício Machado, fantasiada de “fiscal da natureza”, foi um dos pontos fortes da agremiação. A ciência, tecnologia e a sabedoria foram representadas em alas para mostrar a consciência que a população deve ter. Descartes e Galileu foram representados no desfile. As musas Érica Janusa, Renata Kuerten e Tayla Ayala deram conta do recado. David Brazil, de Tritão, veio em cima de um carro alegórico.

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