A filantropia, uma prática que transcende a mera doação de recursos, é uma força motriz capaz de transformar realidades e criar um impacto profundo na sociedade. No Dia da Filantropia, comemorado nesta sexta-feira (20), vale ressaltar que o coração dessa filosofia está no desejo genuíno de ajudar, de estender a mão para aqueles que mais precisam. O Pro Criança Cardíaca é um exemplo vivo do bem em ação, onde números revelam o verdadeiro propósito por trás da ajuda.
Fundada em 1996 com a missão de salvar vidas e promover a saúde cardíaca infantil, a instituição tem sido um farol de esperança para inúmeras crianças e suas famílias ao longo dos anos. Até agosto de 2023, foram realizados 300 atendimentos a mais que o mesmo período em 2022, com média mensal de 161 para 192 neste ano. Cirurgia e procedimentos realizados foram três a mais do que o ano passado. O que diferencia a organização é o compromisso inabalável com a filantropia como ferramenta de mudança, e há 27 anos tem impactado a vida de inúmeras famílias e de mais de 155 mil pessoas que tiveram suas vidas transformadas por meio dos programas e serviços oferecidos pelo Projeto.
“A filantropia é a expressão de nossa humanidade compartilhada. É a capacidade de se conectar com o sofrimento dos outros e responder com compaixão. O Pro Criança Cardíaca exemplifica essa filantropia em ação, demonstrando que a verdadeira riqueza está na capacidade de ajudar os mais vulneráveis”, declarou Dra. Rosa Celia, fundadora do Pro Criança Cardíaca.
O projeto não só disponibilizou apoio emocional e educacional, mas também forneceu cuidados médicos especializados para quase 16 mil pacientes com cardiopatias, garantindo que eles tenham a chance de uma vida mais saudável. Foram mais de 100 mil atendimentos médicos e 1.750 procedimentos invasivos, salvando vidas e proporcionando esperança às famílias que enfrentavam a incerteza de um diagnóstico de cardiopatia.
“Meu filho estava crescendo cheio de energia, mas exames sugeriram uma rejeição humoral, sendo necessário estudos específicos e cateterismo cardíaco para melhor análise do caso. O Pro Criança Cardíaca abraçou a minha causa em todos os momentos que precisamos. Foram mais duas internações por conta de infecção respiratória, ambas com boa resposta. O caminho de um paciente transplantado não é simples, e por isso é importante uma equipe multidisciplinar envolvida e o trabalho realizado pela organização”, contou Ana Rogeira, mãe do paciente Arlindo Arthur Oliveira Matias, de seis anos.
O trabalho envolve equipe médica, serviços de Nutrição, Odontologia e Psicologia, em instalações adequadas, e conta com o apoio de voluntários, tanto pessoas quanto empresas. Apenas nos últimos dez anos, o Pro Criança contabiliza mais de 200 voluntários: atualmente, são cerca de 30 ativos, em diferentes habilidades, como Direito e Contação de Histórias.
Além disso, o Pro Criança Cardíaca investe na formação de profissionais de saúde, capacitando-os a lidar com casos de cardiopatias pediátricas. Isso não só cria um legado de conhecimento, mas também garante que o apoio à saúde cardíaca infantil seja uma missão sustentável em longo prazo.