O número de casos de dengue na cidade do Rio de Janeiro neste ano, até a primeira semana deste mês de outubro, já é praticamente quatro vezes maior do que em 2022. Foram 18.120 notificações, contra 4.677 no ano passado.
A maior incidência da doença acontece na zona oeste da capital. A situação motivou a secretaria de Saúde do município a testar a vacina Qdenga, do laboratório japonês Takeda Pharma, em moradores da região de Guaratiba — o que deve ocorrer a partir de janeiro de 2024.
Atualmente, esse imunizante só está disponível em clínicas particulares.
Ouça no podcast do Eu, Rio! a reportagem de Cristiane Ribeiro, da Rádio Nacional, sobre a expansão rápida e preocupante dos casos de dengue na capital fluminense este ano.
Além dos testes com a vacina, a secretaria pretende expandir o programa que libera no ambiente mosquitos Aedes aegypti infectados com a bactéria Wolbachia, que reduz a incidência da dengue e chikungunya.
Esse programa é desenvolvido pela Fundação Oswaldo Cruz em parceria com WMP, o Programa Mundial de Mosquito. O secretário de Saúde do Rio, Daniel Soranz, conta que ele já está presente em Niterói, em bairros da zona norte da cidade do Rio de Janeiro, e nas capitais Campo Grande e Belo Horizonte e em Petrolina.
Mas não é só na capital fluminense que os casos de dengue estão aumentando desde o inverno. A Secretaria de Saúde do estado explicou que neste inverno, as temperaturas ficaram mais quentes, o que contribuiu para a proliferação do mosquito Aedes aegypti —transmissor da dengue, zika e chikungunya.
A região da Baixada Litorânea, onde ficam municípios como Cabo Frio e Casimiro de Abreu, é a que mais preocupa, segundo Mário Sérgio Ribeiro, subsecretário de Vigilância e Atenção à Saúde.
Os principais sintomas da dengue são febre alta, dores nos olhos e também no corpo.
Fonte: Agência Brasil e RadioAgência Nacional