O fiscal de tributos da prefeitura de Mangaratiba, na Costa Verde Fluminense, Rodrigo Ferraz, protocolou nesta segunda-feira (11) uma denuncia na Câmara do município contra o prefeito Alan Campos (PSDB), alegando atrasos no repasse para o fundo de previdência do funcionalismo, o Previ. O documento foi elaborado pelo servidor após a assembleia geral dos funcionários do município, na semana passada, e destaca que desde outubro as transferências não são feitas, além de acusar o Executivo de estar descumprindo a data base do funcionalismo. O conteúdo do relatório, respaldado pelo advogado do sindicato da categoria, pede ainda o impeachment do prefeito, considerando o caso crime de improbidade administrativa.
Segundo Rodrigo da Cruz, advogado que defende o sindicato, o funcionalismo está exigindo da prefeitura e do Previ a regularização imediata dos repasses. “Corre o risco do Previ não ter futuramente fundo para pagar os aposentados e aposentados da prefeitura, se esta irregularidade continuar”, ressalta o jurista. Ferraz se diz apoiador do atual governo desde 2016, mas está insatisfeito com “as coisas erradas” que o prefeito vem praticando. Ele cita como exemplo o descumprimento da data base do funcionalismo, que foi uma das promessas de campanha de Campos. O servidor lembra que quando Campos ainda estava no cargo de vereador, se comprometeu com a categoria a se empenhar na revisão dos salários e nas perdas salariais.
O pedido de impeachment deve entrar em votação na casa legislativa ainda esta semana. Nesta terça (12), uma manifestação em frente ao Fórum de Mangaratiba também pediu o afastamento de Alan Campos do cargo. O ato foi motivado pelas acusações que recaem sobre o prefeito, de compra de votos em um churrasco para eleitores, em setembro do ano passado. Dentro do fórum estava acontecendo uma audiência para instruir testemunhas indicadas pelo Ministério Público do Rio e da defesa de Campos para este processo.