Após a crise que começou em setembro e os salários atrasados que vinham desde dezembro, o Jornal do Brasil está oficialmente extinto na versão impressa. A decisão foi comunicada nesta quarta (13) por Omar Catito Peres aos funcionários durante reunião realizada na sede do jornal, na Avenida Rio Branco, 157, no Centro do Rio.
A reunião aconteceu um dia após a paralisação de 24 horas decidida de forma unânime entre os funcionários. Catito prometeu se pronunciar publicamente nas redes sociais a partir das 15 horas.
O "Portal Eu, Rio!" tentou contato com o dono do JB, mas ele não atendeu às ligações. Segundo algumas fontes consultadas, a decisão de extinguir o impresso aconteceu na terça (12), justamente no dia que os profissionais cruzaram os braços por 24 horas. Já o vice-presidente editorial do veículo, Gilberto Menezes Côrtes, confirmou a informação.
Em entrevista concedida ao "Eu Rio!" na última segunda (11), o diretor-executivo do Sindicato dos Jornalistas do Rio, Márcio Leal, declarou que o muitos profissionais já esperavam pela decisão oficialmente confirmada nesta quarta por Catito.
Embora o impresso saia das bancas em definitivo, a versão digital seguirá no ar. Inclusive existe a intenção de circular uma edição para sábado e domingo, mas por ora não há uma decisão sobre o assunto. Até às 19h20 não se tinha notícia de quantos profissionais foram desligados, embora algumas fontes ouvidas pelo "Eu, Rio!" confirmaram que houve demissões.
Nos bastidores comenta-se que o projeto de retorno do impresso nasceu falho em muitos aspectos. Segundo essas fontes, não existia um departamento comercial e nem uma estratégia de marketing aliada com divulgação. Além disso, a falta de patrocinadores logo no início da volta prejudicou na captação de outros anunciantes.