Os números não são nem um pouco animadores e merecem atenção. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), somente em 2021, foram registradas 564 mil ocorrências de roubos e furtos de veículos, incluindo carros e motos. Ou seja, acontecem 64 roubos e furtos de veículos por hora no Brasil.
Ainda de acordo com o levantamento, em 2021, houve 342 mil furtos de veículos no País, sendo 192 mil de carros e 150 mil de motos, além dos 388 mil registros de furtos de bicicleta.
Também ocorreram 1,7 milhão de furtos de domicílios e 1,4 milhão de furtos de bens fora do domicílio – sem incluir os delitos em que foram subtraídos veículos e bicicletas.
No mesmo ano, o levantamento identificou o registro de 222 mil ocorrências, dentre elas 117 mil envolvendo carros e 105 mil motos, enquanto os de bicicleta totalizaram 55 mil.
Os roubos de domicílio somaram 195 mil, número muito inferior aos que ocorreram fora de casa: 1,4 milhão, assim como nos casos de furto. Vale ressaltar que essas duas categorias não incluem roubos de veículos e de bicicleta.
De acordo com os analistas do IBGE, esses números podem superar os registros oficiais, haja vista que nem todas as pessoas que são furtadas fazem boletim de ocorrência.
A região com maior índice total de furtos de todos os tipos foi a Sudeste. Ela representou somente no ano passado, 55,3% dos furtos de veículos – 64,1% dos furtos de carros e 44,0% dos de moto.
As vias públicas foram o principal local de ocorrência dos furtos de carro (75,1%) e moto (68,8%). Enquanto para as bicicletas, o principal local foi algum domicílio (66,3%), que poderia ser o da vítima ou o de outra pessoa, seguido pelas vias públicas (21,9%).
Por fim, o levantamento do IBGE também observou que os furtos de veículos apresentaram as maiores taxas de procura pela polícia ou guarda municipal. Isso pode acontecer devido ao alto valor desses bens e os requisitos para o seguro.
Houve essa busca em 80,3% dos furtos de carro, quando considerado o último caso ocorrido nos 12 meses que antecederam a entrevista.