Fuzis encontrados na casa de amigo de assassino de Marielle seriam vendidos

Os 117 pedaços de fuzis apreendidos na casa do amigo do PM reformado apontado como o autor dos tiros que mataram a vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes seriam vendidos via Internet.

A informação consta nos autos do processo que o policial Ronnie Lessa e seu amigo, Alexandre Motta de Souza respondem na 40ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio pelos crimes de porte ou posse ilegal de arma de fogo de uso restrito.

Segundo o depoimento de Alexandre, ao lhe entregar esse material, Ronnie disse ter desfeito uma sociedade de venda de produtos pela Internet e precisaria guardar, temporariamente, as caixas até que pudesse encontrar novo destino a elas.

Alexandre e Ronnie eram amigos há mais de 20 anos e o primeiro funcionava como uma espécie de laranja do policial reformado já que teria emprestado seu nome para a compra de uma lancha e para uma vaga no condomínio Porto Galo, em Angra dos Reis, no Sul Fluminense.

Alexandre também contou que costumava prestar serviços de banco para Ronnie e tinha acesso à sua senha bancária.

Em dezembro, Ronnie pediu a Alexandre para guardar dez caixas lacradas em seu apartamento sendo que o amigo desconhecia o conteúdo que estava dentro delas.

Foram encontrados na residência de Alexandre 117 componentes de arma de fogo de uso restrito (fuzil), além de acessórios como miras e supressores de ruído, além de 360 munições de fuzil e uma arma de fogo calibre 22.

Segundo a Polícia Civil, foi a maior apreensão deste tipo de arma já registrada no Estado do Rio.