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Prefeitura do Rio lança coleção com 17 exemplares em linguagem simples para pessoas com deficiência e familiares

Temas como Brincar, Desfralde, Seletividade Alimentar, Capacitismo e Comunicação fazem parte da coleção

Por Portal Eu, Rio! em 13/12/2023 às 10:00:00

Os folders estão em uma linguagem simples. Foto: Prefeitura do Rio

A Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência (SMPD), lança, nesta quarta-feira (13), em um evento no Teatro Gonzaguinha, uma coleção de 17 folders em linguagem simples, com temas relacionados aos direitos da pessoa com deficiência e melhoria da qualidade de vida. O objetivo da coleção é levar informação ao cidadão com deficiência e seus familiares sobre os assuntos mais perguntados aos profissionais da secretaria, ao longo do ano, utilizando-se das diretrizes da linguagem simples.

Temas como Brincar, Desfralde, Seletividade Alimentar, Capacitismo e Comunicação fazem parte da coleção. Todos os exemplares podem ser acessados no site da SMPD. A ideia é que a coleção seja fonte de pesquisa para familiares e demais profissionais que atuam na atenção às pessoas com deficiência e organizações sociais.

– O uso da linguagem simples é um valor inegociável na minha administração. Elaboramos um Guia de Linguagem e Design Simples, em parceria com a Fundação João Goulart, através do Programa Líderes Cariocas. Agora, lançamos a primeira coleção em Linguagem Simples para toda a população carioca. Esse é só o começo – afirmou a secretária municipal da Pessoa com Deficiência, Helena Werneck.

A coleção é fruto do Grupo de Linguagem Simples, criado pela SMPD em abril desse ano, com o objetivo de levar informação à população de uma maneira mais compreensível. Segundo o Indicador de Alfabetismo Funcional (INAF), apenas 12% da população brasileira são cognitivamente capazes de ler textos maiores e 30% das pessoas de 15 a 64 anos são analfabetos funcionais.

Somando-se a esse cenário, segundo a PNAD 2022 (IBGE), a taxa de analfabetismo das pessoas com deficiência era de 19,5, enquanto das pessoas sem deficiência, 4,1. Uma diferença de 15,4 pontos.

Analisando esses dados e a necessidade de fornecer informações de qualidade à população, a SMPD desenvolveu a primeira coleção sobre Qualidade de Vida para as pessoas com deficiência, utilizando-se das diretrizes da linguagem simples.

– Uma comunicação é simples quando a pessoa que lê o documento ou escuta a mensagem consegue entender o conteúdo de forma fácil, sem precisar reler o texto várias vezes ou pedir explicações para outra pessoa – explicou a subsecretária especializada da SMPD, Flávia Cortinovis.

O lançamento da coleção acontece em um momento emblemático. O Projeto de Lei 6256/2019, que Institui a Política Nacional de Linguagem Simples nos órgãos e entidades da administração pública direta e indireta, foi aprovado pela Câmara dos Deputados no dia 5 de dezembro deste ano.

– A linguagem simples é capaz de transformar vidas. Ao levar para as pessoas informação de qualidade, verdadeira e descomplicada, a SMPD também está acolhendo e mostrando o melhor caminho a ser seguido rumo à inclusão – disse a gerente de Qualidade de Vida e líder do Grupo de Linguagem Simples, Raquel Silva.

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