Para enfrentar a nova onda de calor que começou na última quinta-feira (14/12) com temperaturas chegando a mais de 40ºC, especialistas da Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) alertam para a importância de se hidratar, de preferência com água, mesmo antes de sentir sede. E evitar ficar muito tempo exposto ao sol, preferir roupas leves e redobrar a atenção com crianças e idosos.
Uma pessoa pode suar mais de 5 litros em um dia de extremo calor e, se não se hidratar adequadamente, vai superaquecer e passar mal, tendo sensação de tontura e outras indisposições que podem até mesmo levar à morte. Por isso, é muito importante beber água, para evitar a desidratação.
Ao desidratar, a pessoa fica com o sangue viscoso, o que faz com que ele tenha dificuldade de fluir pelo corpo. Assim, rins e coração podem ser afetados, e há também risco de trombose e de derrame. Além disso, se o cérebro deixa de receber oxigênio suficiente, começa a falhar.
Nunca é demais lembrar que a melhor forma de hidratação é a água, que deve ser ingerida mesmo antes de se sentir sede. Além da água, podem ser ingeridos líquidos ricos em eletrólitos (sódio, potássio, cloreto ou bicarbonato). A água de coco é um líquido recomendado, por conter eletrólitos que favorecem o funcionamento dos músculos e de outros órgãos.
Durante a nova onda de calor, em todos os dias da semana a temperatura do ar irá superar a do corpo humano, que é de 36,5ºC. É um perigo para a saúde, já que sobrecarrega o organismo. Com uma temperatura equivalente a 37ºC, e uma umidade do ar de mais de 70%, qualquer pessoa está sujeita a ter problemas de saúde.
Além disso, especialistas da Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) alertam que crianças, idosos e animais domésticos necessitam de mais atenção nessas condições.
Flávia Barbosa, médica da SES-RJ, assessora da coordenação da Vigilância e Promoção de Saúde, detalha os principais cuidados com crianças e idosos.
“Crianças e idosos são os grupos mais vulneráveis à desidratação. Em geral, manifestam menos a sensação de sede e precisam de atenção a problemas gastrointestinais, pois os alimentos acabam estragando mais rapidamente. Nesse sentido, frituras e alimentos de digestão mais lenta e processados devem ser evitados, além da redução do consumo de carboidratos, como massas e pães”, destaca.
Uma dica importante a esses grupos é evitar a exposição prolongada ao sol, das 10h às 16h, quando a radiação é mais intensa. Para quem faz atividade física, o ideal é optar pelo início da manhã ou final da tarde. Priorizar banhos frios ajuda a reduzir a temperatura corporal.
Ouça no podcast do Eu, Rio! o depoimento da médica Flávia Barbosa, da Coordenação da Vigilância e Promoção da Saúde, sobre os riscos trazidos pela onda de calor e a prevenção necessária face a desidratação e queimaduras.
Segundo Deise Serrão, veterinária do RJPET, da Subsecretaria de Proteção e Bem-Estar Animal da SES-RJ, alguns sintomas podem demonstrar gravidade na saúde dos animais.
“Temperaturas muito elevadas podem levar o pet a um quadro de hipertermia. Cansaço, cianose (língua e mucosas roxas), salivação em excesso, desequilíbrio, dificuldade de locomoção, respiração ofegante, tremor muscular, vômito e diarreia, e em casos mais graves, convulsões e perda de consciência são alguns dos sintomas. Se seu pet apresentar um deles, procure refrescá-lo, e contate um veterinário com urgência”, ressalta.
Os especialistas observam ainda que, durante a nova onda de calor, além de beber muita água, é importante também comer frutas e alimentos leves, como saladas e carnes magras.