Imagine a seguinte situação: Você chegou cansado do trabalho, seu filho acabou de voltar da escolinha e tem uma casa inteira para arrumar, fazer comida, etc. O que você faz? Entrega o celular pra ele e o manda ser feliz, correto?
Pois saiba que esse hábito pode prejudicar e muito a saúde do seu pequeno. Diversas pesquisas no Brasil já foram lançadas sobre o assunto, entre elas a TIC Kids Online, do Comitê Gestor de Internet no Brasil, apontando que 85% das crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos são usuárias de internet e agora, uma grande pesquisa americana, divulgada pelo National Institute of Health, mostrou que o uso indiscriminado de telas (seja celular, computador ou TV) no cérebro das crianças e adolescentes pode causar danos parecidos com os das drogas.
De acordo com a psicóloga Doutora em Saúde Mental e professora da pós-graduação do Ipub UFRJ, Anna Lucia Spear King, o uso das telas por muitas horas tanto de computador com telefone celular pode acarretar diversos prejuízos não só físicos como problema de visão problema de liberação de dopamina, serotonina.
“É como se fosse a pessoa viciada. O vício em tecnologias está sendo comparado com o vício de álcool e drogas Porque da mesma forma quando o rapaz o jovem começa a jogar ele obtém a liberação naturalmente de do para mim serotonina noradrenalina que são substâncias que trazem prazer então o cérebro aprende rápido que para ele obter essas substâncias ele tem que voltar a jogar então se torna um círculo vicioso ele fica ali o tempo todo para obter prazer em sentir isso que essas substâncias propor neoplasia Então tem que limitar o tempo de uso.” - explica a profissional que é diretora e fundadora do Delete - Uso consciente de tecnologias, centro Pioneiro no Brasil de atendimento a dependência digital e que funciona desde 2013.
Ela explica que o ideal é que os pais restrinjam mesmo o uso diário das telas para crianças e adolescentes.
“O uso do computador e celular deve ser apenas uma recompensa como ver uma televisão a fazer um jogo na no mundo real ou fazer qualquer outra atividade é um prazer em fazer e não se tornar uma atividade de área por muitas horas.”- conta.
A psicóloga ainda reforça que esse comportamento não é exclusividade brasileira ou americana, e sim, uma tendência mundial, em que as pessoas estão cada dia mais conectadas e acabam dependentes das telas.
A pesquisa americana, corroborada pela psicóloga, afirma que o uso das telas pode provocar atrofia do cortex cerebral, com diminuição da receptividade de informações sensoriais, aceleração do processo de envelhecimento cerebral, a liberação da dopamina, podendo viciar quimicamente, embora necessite de mais estudo, diminuição do desempenho em testes de linguagem e matemática, falta de habilidade em empilhar e montar blocos 3d,e pode levar a depressão.
Sobre esse ultimo tópico, Anna Lúcia afirma que muitos adolescentes, veem a vida do outro pela rede social e acredita que ele tem uma vida melhor que a sua, levando a uma depressão, a um quadro de ansiedade.
“Com a observação das redes sociais parece que os outros têm a vida melhor que a deles é e não é verdade porque todo mundo só posta o melhor da vida, então às vezes o jovem acredita que todo mundo está assim convidado para festas todo mundo está viajando todo mundo está se relacionando e ele não e fica se sentindo mal. Isso pode contribuir para o aumento da depressão ou então ansiedade, quando o jovem começa a observar que todo mundo responde rápido as questões e não responde as perguntas dele, daí fica ansioso e começa a desencadear outros fatores e também se ele já tem um diagnóstico de compulsão ele vai se tornar provavelmente Independente de jogos independentes sites específicos é um dependente de compras online porque na verdade as tecnologias elas são simplesmente um canal de representação de algum transtorno ou de alguma questão emocional que Já exista nesse jovem que eles simplesmente deixam aparecer por lá número do seu uso frequente diário e abusivo.”- analisa Anna.
Livros para entender o assunto
Anna Lúcia, em conjunto com os pesquisadores do Instituto Delete, lançou quatro livros sobre o assunto e sobre como é possível contornar as situações que o uso indiscriminado de telas tanto para crianças e adolescentes quanto para adultos pode acarretar. Ela explica que um deles, o Etiqueta Digital é o que as pessoas estão precisando, pois a maioria não sabe usar a internet a seu favor.
“ Na verdade é isso que as pessoas estão precisando ela são viciados em tecnologia elas são elas fazem uso abusivo então elas cometem graves e são inconvenientes por não saber usar e usar de uma forma mal educada e mais essas não são dependentes patológicas os dependentes patológicos eles têm transtorno associado para gravar essa dependência mas para isso precisa ser avaliado Então esse livro etiqueta digital passa todas essas regras de como usar as tecnologias de uma maneira Consciente e educada no dia-a-dia.”
Para a criançada foi desenvolvida a cartilha digital, livro infantil para que os pais e responsáveis leiam para os seus pequenos.
“ É para ajudar essas crianças aprenderem desde como usar as tecnologias de uma maneira educada para que no futuro não venham a ter prejuízo.”- informa a pesquisadora.
Caso a pessoa ou o familiar identifique que seu comportamento na internet está abusivo ou se veja dependente das telas, o Instituto Delete recebe, todas as sextas-feiras pessoas que se consideram usuários abusivos e/ou dependentes de tecnologia, sempre com início às 8h, para que seja feita uma avaliação se a pessoa está de fato dependente ou apenas tem mau uso da internet.