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Polícia Federal grampeia Zinho, miliciano mais procurado do estado do Rio de Janeiro

O preso, que tem ao menos 12 mandados de prisão, é considerado o líder da maior milícia com atuação na Zona Oeste do Rio

Por Portal Eu, Rio! em 24/12/2023 às 23:36:50

Zinho foi preso após tratativas de seus advogados com a PF. Foto: Divulgação

Neste domingo (24), a Polícia Federal, com apoio da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, efetuou a prisão do miliciano mais procurado do estado. Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, irmão de Wellington da Silva Braga, o Ecko (a quem sucedeu), estava foragido desde 2018 e é considerado o líder da milícia que domina a Zona Oeste da cidade.

A prisão do bandido, que tem ao menos doze mandados de prisão, foi formalizada após tratativas entre os advogados do miliciano foragido com a Polícia Federal e a Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro.

O preso se apresentou aos policiais federais da Delegacia de Repressão a Drogas (DRE/PF/RJ) e do Grupo de Investigações Sensíveis e Facções Criminosas da PF (GISE/PF) na Superintendência Regional da PF no Rio de Janeiro.

Após as formalidades decorrentes da prisão, o preso foi conduzido ao Instituto Médico Legal (IML) e posteriormente encaminhado Penitenciária Laércio da Costa Pelegrino, conhecida como Bangu 1, onde permanece à disposição da Justiça.

Quem é Zinho?

O comando da maior milícia do Rio passou para as mãos de Zinho após morte de seu irmão Wellington da Silva Braga, o Ecko. O miliciano foi baleado em uma operação policial em junho de 2021. Desde então, Zinho trava uma sangrenta disputa com outros grupos paramilitares que tentam controlar a organização criminosa. Antes, ele era apontado como o responsável por gerenciar as finanças do grupo, segundo a Polícia Civil.

As investigações apontam que Zinho era hábil com as contas. Antes de ascender à chefia do grupo, era ele quem contabilizava e lavava o dinheiro originado por atividades ilícitas, incluindo a venda clandestina de sinais de TV a cabo, de gás e de licenças para serviços de transporte.

O criminoso tem diversos mandados de prisão em aberto. Ele já era procurado pelos crimes de organização criminosa, porte ilegal de arma e associação criminosa.

Em setembro deste ano, Zinho foi um dos denunciados pelo Ministério Público pela morte do ex-vereador Jerônimo Guimarães Filho, o Jerominho, e de um amigo dele. Jerominho teria sido morto após tentar retomar o comando da milícia, que foi fundada por ele. O grupo tem influência em 812 das 833 áreas listadas pela Polícia Civil com a presença de milícias.

Em outubro, a advogada de Zinho, Leonella Vieira, negou as acusações contra ele. Segundo ela, Zinho é vítima de "deduções" do Ministério Público, oriundas do parentesco dele com o ex-chefe da milícia, Ecko.

Sobrinho de Zinho foi morto no fim de outubro. Matheus da Silva Rezende, o Faustão, era número dois da organização (conhecida como "Família Braga" ou "Bonde do Zinho"), e morreu durante troca de tiros com a Polícia Civil em Santa Cruz, Zona Oeste do Rio. Rui Paulo Gonçalves Estevão, mais conhecido no mundo do crime como Profeta ou Pipito, ocupou o lugar de Faustão dentro da milícia. Ao menos 35 ônibus e um trem foram incendiados na cidade em represália à morte de Faustão.

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