Brasil perde na Organização Mundial de Saúde status de país livre do Sarampo
Recentemente, Rio de Janeiro registrou 20 casos da doença
Foto: Divulgação/Ministério da Saúde
A Organização Mundial de Saúde, OMS, retirou do Brasil o certificado de território livre do Sarampo. A perda do título se deu por conta do aumento de casos da doença. Somente no Rio de Janeiro, recentemente foram 20 registros. Em todo o país já são 46 casos confirmados este ano. 12 pessoas morreram.
O Sarampo estava erradicado no Brasil há mais de 15 anos. O principal motivo da volta da doença é a “baixa cobertura vacinal”. Esse foi um dos problemas apontados pelo secretário de vigilância em saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Kleber. A entrada de imigrantes no país também é apontada pelo secretário como um dos fatores para o retorno da doença: “O Brasil, em 2002, conseguiu eliminar o sarampo, recebendo o certificado (de território livre do Sarampo) em 2016. Mas em 2017 vemos uma entrada maciça de venezuelanos. Então os casos importados acabaram encontrando um ambiente propício devido às baixas coberturas vacinais”, justifica o secretário.
20 CASOS NO RIO DE JANEIRO
Por conta da concentração de imigrantes venezuelanos, a região Norte do Brasil merece atenção especial do Ministério da Saúde no trabalho de combate ao Sarampo. Mais a doença também está presente no Sudeste. Recentemente, 20 casos foram confirmados no Rio de Janeiro. A doença teria chegado ao estado através de um navio de turistas. O Ministério da Saúde não informou de onde veio o navio.
OBJETIVO É AMPLIAR A COBERTURA VACINAL
Vacinar o maior número possível de crianças. Essa é a solução apresentada pelo Ministério da Saúde na retomada do combate ao Sarampo. “Nós estamos com crianças que não estão cobertas pela vacina. O maior impacto da perda do certificado (de país livre o Sarampo, dado pela OMS) em primeiro lugar é do próprio brasileiro, porque nós precisamos proteger as nossas crianças. É fundamental que todos os pais levem suas crianças às unidades de vacinação para que atualizem a caderneta de vacina. Isso é fundamental”, destaca o secretário de vigilância sanitária em saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Kleber.